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Artigos

  • São do Ramo

    Diário do Comércio (São Paulo), em 12/01/2005

    Durante numerosos governos, creio que depois de 30, o Ministério da Agricultura era um lugar de despejo de apaniguados de políticos. Era regra que o Ministério não fazia nada pela agricultura, quanto mais não fosse para justificar o nome. Mas não ia além de uma denominação, que não atuava pela agricultura, e seus funcionários, protegidos de políticos com interesses eleitorais permanentes, contentavam-se em receber o salário no fim do mês, geralmente depositado em banco para facilitar o recebimento.

  • O anjo da morte

    Diário do Comércio (São Paulo), em 11/01/2005

    O anjo da morte voejou nos últimos dias, ferindo-me, com seu bico, a minha sensibilidade. Morreu minha mulher. Foram quarenta anos de vida comum, sem um só atrito, como ocorre com freqüência entre casados depois de algum tempo prolongado. Levou uma das mais queridas amigas, a verdadeira amiga Dulce Simonsen. Desta guardamos a saudade dos fins de semana em sua fazenda no vizinho Jundiaí. Foram tempos inesquecíveis, fidalguia dos anfitriões e pela beleza da propriedade.

  • As três frentes

    Diário do Comércio (São Paulo), em 10/01/2005

    Notícias de Brasília informam que o governo do presidente Lula vai conduzir uma batalha em três frentes: na ONU, para o Conselho de Segurança, na Alca, por uma América unida, e o terceiro com a OMC. Serão batalhas duras, com adversários poderosos, mas o presidente Lula quer porque entende que, sem a incorporação dessas três frentes na política exterior brasileira, não nos imporemos como nação de primeira grandeza, que é o seu ideal, e não deixa de ser também brasileiro.

  • Colhidos pela complexidade

    Diário do Comércio (São Paulo), em 07/01/2005

    A impressão que dão os governos da América Latina é a de que estão perdidos num quarto escuro do qual não podem sair, por não encontrarem, no escuro, a porta que os libertará. Do México à Argentina, de um lado e, de outro, o Chile no sul do continente latino-americano, o que temos é não acertarem, com exceção, sem dúvida do citado Chile, com uma política econômico-financeira que corresponda às necessidades nacionais de cada país.

  • Aprovadas as PPS

    Diário do Comércio (São Paulo), em 06/01/2005

    Escrevi nesta coluna que, num de seus discursos, Rui Barbosa, que era dono de um dos mais belos estilos da língua portuguesa, detestava tanto a palavra privada - e tinha ele razão para isso que nunca a usou, segundo afirmou quando discursava. Mas, com a palavra Parceria Público Privada, temos uma organização para estabelecer ou fortalecer a infra-estrutura - palavra também detestável - do país, com vistas ao desenvolvimento, que está atrasado, sobretudo o do Nordeste, sempre abandonado.

  • Financiamento do cinema

    Diário do Comércio (São Paulo), em 05/01/2005

    Sempre fomos caudatários dos Estados Unidos, a começar pelo decreto número 1 do governo provisório, responsável pela proclamação da República. Obra de Rui Barbosa, denominou o Brasil unitário da época pela denominação adequada na origem dos Estados Unidos. Um erro do grande Rui Barbosa, que desejava para o Brasil um sistema semelhante ao dos Estados Unidos, prova de que o grande homem não conhecia suficientemente o Brasil, para nos comparar com a República do norte.

  • A dívida de Marta

    Diário do Comércio (São Paulo), em 04/01/2005

    Noticiou o Diário do Comércio que Marta Suplicy deixa uma dívida de mais de l bilhão de reais, ferindo, com essa divisa, a Lei de Responsabilidade Fiscal. É grave, portanto, a situação da ex-prefeita, que estava certa, no exercício do cargo, primeiro que venceria a eleição para outro mandato e, segundo, que estava acima de legislação como a Lei de Responsabilidade Fiscal, que não deve pegar somente os pequenos, prefeitos de cidades sem o peso da capital paulista.

  • Próprio da época

    Diário do Comércio (São Paulo), em 03/01/2005

    Estamos em época de festas. Milhares de compradores invadiram as lojas, principalmente nos shopping centers e na rua 25 de Março, para trocar presentes com os amigos e os darem a crianças, que ainda acreditam em Papai Noel e põem o sapato atrás da porta, como também eu fiz na minha infância já longínqua. Não há, que me conste, um só brasileiro que não esteja em estado de otimismo sobre o Brasil e seu futuro, ao menos por alguns meses de 2005. É a época.

  • A crise da família

    Diário do Comércio (São Paulo), em 31/12/2004

    Dentre as transformações que marcaram o século passado, um dos mais fortes e mais influentes foi o que abalou a estrutura social da família. Logo no início da década de 30 os costumes entraram em fase de deterioração, mas sem a celeridade que enfrentamos, ou conhecemos, ou deles simplesmente tomamos conhecimento. Mas a realidade não poderia ser escondida atrás de sofismas como o de que somos tomados pelas mudanças e não temos como resistir a elas.

  • Os indícios da Sra. Marta

    Diário do Comércio (São Paulo), em 29/12/2004

    Nada teria com o sr. Eduardo Matarazzo Suplicy e sua ex-esposa Marta Suplicy não fossem ambos figuras públicas, ambos políticos, sobretudo ela, que tem mais disposição para essa atividade não raro subalterna que é a política. Mas, os indícios surgem, primeiro como demonstração que a esposa não amava o marido, pois o deixou, deixando o lar, com os três filhos e, depois, casou-se pela segunda vez, com um franco argentino cuja origem é pouco conhecida.

  • Ajuda a bancos pequenos

    Diário do Comércio (São Paulo), em 24/12/2004

    Muito louvável o estudo de uma proposta do governo Lula, para que seja colocada à disposição dos bancos pequenos a importância vultosa de 1 bilhão de reais para socorro de suas atividades. Esses bancos, quando bem dirigidos e melhor administrados servem a regiões e a pequenos produtores, sendo, portanto, utilíssimos, acentuamos quando seriamente administrados. Já os tivemos no Estado de São Paulo, e seus serviços foram altamente proveitosos aos clientes modestos que os procuravam.

  • Caiu o CFJ

    Diário do Comércio (São Paulo), em 23/12/2004

    Finalmente, uma boa notícia, no meio das milhares de más ou sofríveis ou quase boas: caiu na Câmara dos Deputados a tentativa de se criar no Brasil um Conselho Federal de Jornalismo, pelo qual a imprensa e os meios de comunicação, em geral, ficariam submetidos ao governo presidencial, e seus sequazes. A tentativa de ser criado esse organismo, evidentemente soprado a Lula pelos comunistas que dominam seu governo, essa tentativa tinha de abortar, desde logo por ter repercutido mal no mundo inteiro.

  • O Mercosul em questão

    Diário do Comércio (São Paulo), em 22/12/2004

    A idéia de um Mercosul partiu dos presidentes Sarney e Alfonsin, que tiveram a iniciativa de firmar um acordo alfandegário entre o Brasil e a Argentina, tendo obtido a adesão do Uruguai e do Paraguai. Seria o começo de uma união, a exemplo do que conseguiram realizar as nações européias que firmaram o acordo de Roma em 1950, hoje União Européia, notavelmente aumentada.

  • A crise da aviação comercial

    Diário do Comércio (São Paulo), em 21/12/2004

    Faz poucos dias, o presidente Lula da Silva exclamou, creio que tinha sinceridade na sua exclamação: "Salvem a Varig". O atual presidente do BNDES, por seu turno, afirmou que só financia as empresas de aviação comercial se derem garantias sólidas. Uma inversão de valores, como se vê. Afinal, o presidente quer a salvação da Varig e de outras empresas de aviação comercial, dentro das normas adotadas pelo banco oficial para fazer empréstimos.

  • O despertar da China

    Diário do Comércio (São Paulo), em 20/12/2004

    Dentre as muitas frases de efeito de Napoleão, cito esta, que tem enormíssima atualidade: "Quando a China despertar, o mundo tremerá". A China estava, então, presa de uma de suas crises intermitentes, e ninguém fazia prever que, um dia, como anteviu Napoleão, ela, o colosso, despertaria e poria o mundo em tremedeira. O mundo, ou, de preferência os Estados Unidos. Pois o dia em que a China despertou já chegou, e o mundo se prepara para conhecer, cada dia mais, o novo gigante.