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Ajuda a bancos pequenos

 

Muito louvável o estudo de uma proposta do governo Lula, para que seja colocada à disposição dos bancos pequenos a importância vultosa de 1 bilhão de reais para socorro de suas atividades. Esses bancos, quando bem dirigidos e melhor administrados servem a regiões e a pequenos produtores, sendo, portanto, utilíssimos, acentuamos quando seriamente administrados. Já os tivemos no Estado de São Paulo, e seus serviços foram altamente proveitosos aos clientes modestos que os procuravam.


Não preciso insistir na mesma tecla que o capital é arisco como passarinho e, diante do que está presenciando ou lendo nos jornais, o que ocorre com bancos, afundados em problemas que não têm solução, querem o seu dinheiro guardado e tendo renda em bancos sólidos. Mas a iniciativa de amparar bancos pequenos que tenham boa reputação no meio onde atuam, esses merecem o auxílio do governo para servir a essas regiões.


O problema dos bancos está, como se vê, atualizado, com a enorme concentração bancária, que se realizou em pouco tempo no Brasil, Quero crer que não adianta nada os responsáveis por bancos que passaram à falência ou liquidação extrajudicial, que desejam voltar à cena, pois os que vieram a público na mídia, esses não merecem crédito, depois de terem naufragado por incompetência de gestão ou diferente fator. Que os depositantes e investidores, enfim, quando operam e são hoje a totalidade, sejam cautelosos.


Esse fenômeno da concentração bancária é a primeira significação de que o Brasil está mudando rapidamente, beneficiando-se do surto formidável da economia mundial. Sua mudança só poderá ser um acompanhamento da mudança do vulto das compras e dos negócios que são feitos no mundo, onde já não se fala em milhões, mas em bilhões de dólares. Se o milhão ficou para traz, prevalecendo o bilhão, temos que acompanhar, ainda que de menores, nas concentrações bancárias, bancos para grandes economias, como vai sendo a nossa, embora ainda pequena comparada com os gigantes do mundo.


 


Diário do Comércio (São Paulo) 24/12/2004

Diário do Comércio (São Paulo), 24/12/2004