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Artigos

  • A comunidade Sul-Americana

    Diário do Comércio (São Paulo), em 17/12/2004

    Foi sobre a América Latina o meu primeiro livro, lançado pela saudosa Companhia Editora Nacional de Octalles Marcondes. Para surpresa minha, os exemplares impressos pela editora se esgotaram em pouco tempo. Restaram para meu arquivo alguns exemplares, um dos quais, o que sobrou, está em minha biblioteca. Foi uma estréia sobre assunto que há muito me preocupava, que era a América Latina, um imenso território, com numerosas repúblicas, todas mais ou menos em decadência ou com problemas.

  • O problema das indenizações

    Diário do Comércio (São Paulo), em 16/12/2004

    O Brasil oferece ao estudioso e aos observadores, sobretudo os da mídia, peculiaridades que não preocupam governo, representação política, instituições políticas e administrativas, como ocorre aqui, nesta terra de tantas oportunidades, em grande parte perdidas. Uma dessas peculiaridades é fazer difícil o que é fácil. Ou complicar excessivamente os problemas que devem ser resolvidos num período de tempo limitado. É o caso das indenizações.

  • O peso de um legado

    Diário do Comércio (São Paulo), em 14/12/2004

    Um dos jornais da capital usou o vocábulo caos para definir o principal característico da capital, depois da chuva de domingo. Não encontro outra palavra que possa definir o que é São Paulo depois da chuva violenta de domingo. Estamos no completo caos urbano. Poucas partes da cidade escaparam desse báratro, legado por Marta Suplicy, prefeita que o PT inventou certo de que fazia um bom negócio para os seus interesses, como partido que pretende manter-se no poder por trinta anos.

  • O julgamento de Rui

    Diário do Comércio (São Paulo), em 13/12/2004

    "O mal grandíssimo e irremediável das instituições republicanas consiste em deixar exposto à ilimitada concorrência das ambições menos dignas, o primeiro lugar do Estado, desta sorte o condenar a ser ocupado em regra pela mediocridade". Rui Barbosa proferiu esse julgamento da República, hoje de Luís Inácio Lula da Silva, com seu verbo de fogo, e até hoje não surgiu ninguém para o contestar, mas, ao contrário, a cada sucessão se confirma o admirável julgamento do grande tribuno e figura solar da cultura brasileira.

  • A fome zero

    Diário do Comércio (São Paulo), em 09/12/2004

    Temos teoria firmada, a fome só será vencida pelo desenvolvimento, sobretudo no esquecido Nordeste, dos açudes privilegiados, das secas que enriquecem malandros e outras formas de desviar o dinheiro destinado a obras de importância inadiável, mas adiadas há um século. A fome zero, do grito de arranque, sem dúvida de curto vôo, do presidente Lula da Silva, quando tomou posse, o mundo inteiro repetiu seu grito, todos os jornais o elogiaram e, finalmente, não temos mais ouvido falar da fome.

  • Equívocos de Castelo Branco

    Diário do Comércio (São Paulo), em 08/12/2004

    Não sei quem inspirou o presidente Castelo Branco, nos idos de outubro de 1964, para ser baixado um decreto pondo fim aos partidos políticos que dominavam a cena da representação. Castelo, de uma penada, encerrou as atividades do PSD, da UDN, do PTB e de outros partidos, mas, sobretudo, dos que já estavam institucionalizados, que eram, exatamente, os principais, o PSD, de predominância mineira, a UDN com grandes figuras da política da época, e do PTB, embora já estivesse esse partido dividido.

  • Piedade para o planeta

    Diário do Comércio (São Paulo), em 07/12/2004

    O professor Edgar Morin é conhecido no Brasil, não só por suas obras, que são numerosas, como por ter estado na Universidade Cândido Mendes, dando conferências sobre a crise planetária da qual já tanto nos habituamos que não a percebemos como antes, se não nós, os nossos antepassados. Escritor prolífico e bem orientado nas suas reflexões sobre o planeta, acaba de conceder à revista Le Point , uma entrevista arrepiante, tais as suas conclusões.

  • Jovens delinqüentes

    Diário do Comércio (São Paulo), em 06/12/2004

    Quem acompanha o noticiário policial, para saber como andar nas ruas e em que ruas andar, para saber, também, como agem os criminosos, alguns condenados a penas altas, mas desfrutando de liberdade nas ruas, deve estar impressionado com o número de jovens que se tornam criminosos, inúteis, portanto, para a nação. Não há dia sem que um ou mais jovens praticam assaltos, nas ruas, nos ônibus, nos pontos de aglomeração, sobretudo na avenida Paulista, quando ali falta o policiamento.

  • O PIB maior

    Diário do Comércio (São Paulo), em 03/12/2004

    Menos por conhecimento próprio, mais por informação generalizada na mídia, o governo Lula tomou conhecimento do aumento do PIB, tal como em 1995, e está, como acentuou Palocci, fazendo Lula cantar de alegria, embora não saiba ao certo como esse aumento se deu. Mas, na realidade, a indústria, a agroprodução e os demais setores da economia subindo com força, fizeram o país dar ao mundo demonstração de que o risco Brasil está caindo e deverá cair ainda mais.

  • Napoleão e dois séculos

    Diário do Comércio (São Paulo), em 02/12/2004

    Para quem não conhece a história de Napoleão, um dos nomes fulgurantes de quantos já nasceram e morreram ou estão vivos, vou informar que neste dia 2 de dezembro, em 1804, portanto há dois séculos, realizava-se em Paris a cerimônia da coroação do Imperador de França. Creio que muitos de meus leitores conhecem o registro de David da cerimônia suntuosa, por meio da qual Napoleão criou um império, que duraria muito pouco, por falha sua mesmo.

  • Instabilidade administrativa

    Diário do Comércio (São Paulo), em 29/11/2004

    No governo Lula prevalece um dos costumes antigos da técnica de governar no Brasil, a instabilidade. Podemos, mesmo, comparar os titulares do governo nos postos mais altos como a profissão de técnico de futebol. Ninguém está seguro. Do dia para a noite, o presidente, ouvindo um de seus conselheiros, despacha o titular de um cargo para casa. Já o fez até com um delegado do governo que se encontrava em Lisboa, para tratar de questões e problemas de governo para governo. Foi mandado embora pelo telefone.

  • Ameaça totalitária

    Diário do Comércio (São Paulo), em 25/11/2004

    Os três totalitarismos que dominaram o mundo no século passado e introduziram, mesmo, como assinalei no livro O mal na História , não fizeram de pronto, mas numa evolução que culminou na submissão ao sistema partidário, com sua hegemonia total sobre as instituições políticas. A democracia, que já florescia desde Alexandre II na Rússia, que florescia na Itália de Victor Emmanuelle e na Alemanha de Weimar, acabou soterrada pelos totalitarismos.

  • Democracia - qualidades e defeitos

    Diário do Comércio (São Paulo), em 24/11/2004

    Não há dúvida que a invenção dos gregos, criando a democracia, foi um sucesso espetacular para todo o mundo. Basta examinar o funcionamento das boas democracias do mundo para se chegar a essa certeza. Infelizmente, a nossa democracia tem mais defeitos do que qualidades, mas chegaremos lá, numa boa democracia, quando a plantinha tenra de que falava Octávio Mangabeira crescer e ficar frondosa. No momento contentemô-nos em observar as que funcionam bem.

  • O filme e Juscelino

    Diário do Comércio (São Paulo), em 23/11/2004

    Esta sendo anunciado, pelos cineastas, um filme sobre Juscelino Kubitscheck, abarcando toda a sua vida, desde o menino pobre, telegrafista em Minas Gerais, até o seu fim, punido pela revolução de 31 de março de 1964. Como o cinema brasileiro não se subordina a uma ou mais empresas, como o de Hollywood, temos de esperar para ver se Juscelino foi ou não bem historiado pelo autor do roteiro, em todas as nuances de uma vida excepcionalmente cheia como a do simpático mineiro.

  • O Instituto da Vida

    Diário do Comércio (São Paulo), em 19/11/2004

    Faleceu há dias em Paris o antigo diretor da Faculdade de Medicina, Maurice Maurois, que se tornou amplamente conhecido no exterior da França por ter criado o Instituto da Vida, com a finalidade de elevar a condição do ser humano, em todos os sentidos. Era um homem extremamente amável e cultivado, como há poucos. Conheci-o por costumar-se ele hospedar-se em vila (casa com jardim na França) de parentes, a uns duzentos metros da vila de minha mulher na Cote d'Azur.