Eleições no Iraque
Está instituído no espírito das massas, desta civilização de massas em que nos encontramos, que os chefes de Estado ou de governo devem ser eleitos. O povo quer votar.
Está instituído no espírito das massas, desta civilização de massas em que nos encontramos, que os chefes de Estado ou de governo devem ser eleitos. O povo quer votar.
Dizia Disraeli, primeiro-ministro da Rainha Vitória e autor da obra grandiosa que foi o Império Britânico, que há três tipos de mentira: a mentira simples, a mentira completa e a estatística. Não poderia ter acertado melhor no ponto que desejava atingir, para confirmar o que entendia por estatística.
Tem a maior importância o Fórum de Davos, ao assumir a responsabilidade de combate à pobreza.
Faz alguns anos a editora Agir, do Rio de Janeiro, publicou precioso livro, de tamanho similar a maioria dos livros editados no Brasil. Esse livro tinha por título o mesmo título deste artigo. Tratava da educação do príncipe, para que ele, ao chegar o dia de assumir o trono e o governo, acima da administração, obra de seus ministros e da burocracia categorizada por ensino prévio, saiba como se conduzir no exercício de suas funções.
Quando a Igreja fundou as universidades, espalhando-as pelo mundo conhecido e já percorrido pelas legiões de Roma, não opôs limitações ao ensino. A Ciência e as Letras tinham lugar de relevo no ensino, mas as disputas entre os professores e os alunos era ampla, suscitando o conhecimento dos clérigos e dos leigos, na escala estabelecida pela Santa Madre, com seu poderio de fundadora. Foi como as universidades se desenvolveram.
Para se avaliar os problemas que a administração municipal deve enfrentar, basta o levantamento de todos eles e o seu cotejo com problemas do passado, que perduram na agenda dos prefeitos. Com o atual prefeito não é diferente. Insiste o titular do cargo que os gestores da fase Marta, a catastrófica, que ficou dinheiro em caixa, e insiste o atual prefeito que nada ficou, somente dívidas e dívidas altíssimas, brutais, mesmo, para os cofres do município.
Temos cinco Copas do Mundo de futebol. É um de nossos títulos de glória no mundo. E temos, paralelamente, outro título de glória: estabelecemos os mais altos juros do planeta, um verdadeiro tsunami, para evitar o retorno da inflação.
Desde que a história passou a ser escrita, a pobreza foi um assunto e um problema focalizado com freqüência. Não foi, portanto, o romantismo com os "Os Miseráveis", de Victor Hugo que mostrou a chaga social da pobreza, a tristeza que a envolve, o baixo padrão que nela se insere em permanência, mas a própria natureza humana, séculos após século, que multiplicou os pobres, e estabeleceu as classes sociais, com as diferenças conhecidas e combatidas, até agora inutilmente.
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso pôs em vigor a Lei de Responsabilidade Fiscal com o único objetivo moralizador de disciplinar os gastos dos prefeitos, em geral, de capitais e do interior. Quem acompanha, como somos obrigados por dever de ofício, constata que os titulares das prefeituras, em geral, gastam desproporcionalmente, infringindo dispositivos da LRF, para se elegerem ou reelegerem, enfim, para estarem no lugar que lhes permite vida fácil e boa mesa com dinheiros públicos.
Se estudarmos a geografia na escolha dos jesuítas do planalto para nele instalar uma escolinha e uma capela minúscula, para o ensino uma das instalações e para as obrigações religiosas a outra, vemos que procuraram lugar aqui para a defesa e paralelamente para evitar as enchentes. Lembremo-nos que era janeiro quando São Paulo foi fundada e que o futuro vale do Carmo estava alagado ou deveria estar bem alagado, com o desbordamento do Tamanduateí.
No mesmo dia que o O Estado publicava o artigo de meu colega de imprensa José Neumanne, a democracia brasileira está podre na raiz, o presidente da Câmara dos Deputados brindava seus colegas da Câmara com milhões de reais, para que eles engordem a conta bancária e passem dias melhores do que já passam, com os salários - antigamente subsídios - sem nenhuma consideração para com o povo que o elegeu, com maioria passando necessidades, como é fartamente sabido.
Foi o Diário do Comércio o primeiro jornal a denunciar o impostismo como forma de sacar do bolso dos habitantes do país, ricos, remediados e pobres, as receitas com que preenchem os rombos dados pelas más administrações e pela corrupção que campeia desenfreada, no vasto amparo fiscal do Brasil. O arranco do Diário do Comércio repercutiu e hoje estão acorrilhados ao mesmo movimento todos os órgãos de comunicação do país. Uma vitória pela qual rendemos graças aos nossos colegas.
Não tenho dúvida nenhuma, nem a mais remota, que um empresário grande ou médio, pequeno em evolução para médio, não entregaria a direção de seus negócios à sra. Marta Suplicy. Uma senhora madura, com seus quase sessenta anos, que ocupou seu tempo em tratar de questões sexuais e a apresentar-se com o marido de grande família paulistana nos salões da cidade, não merecia confiança para ocupar um cargo de direção numa empresa, com empregados, produção, distribuição, propaganda de outros afazeres.
Nos círculos empresariais, nos financeiros, nos bursateis, em suma, nos círculos econômicos, todos eles, Davos, a aprazível estação de ski da Suíça, sobressaiu no mundo como o centro por excelência do capitalismo realizador ou, simplesmente, como o capitalismo. A reunião de grandes magnatas, da imprensa especializada, dos observadores internacionais para as grandes empresas se reúnem em Davos e dali partem, depois de vários dias de encontros, com as diretrizes que o capitalismo vai seguir.
Quem conhece e já consultou os documentos interessantes da história do município, tem familiaridade com a terminologia de épocas passadas. Uma delas é a terminologia do funcionamento da Câmara Municipal, a mais antiga instituição da representação popular em nosso país. As Câmaras foram logo depois do descobrimento instituídas nas fundações que iriam sendo preparadas para o povo estar preparado, a fim de ter a quem recorrer quando seus interesses foram esquecidos ou fraudados.