Quando a Igreja fundou as universidades, espalhando-as pelo mundo conhecido e já percorrido pelas legiões de Roma, não opôs limitações ao ensino. A Ciência e as Letras tinham lugar de relevo no ensino, mas as disputas entre os professores e os alunos era ampla, suscitando o conhecimento dos clérigos e dos leigos, na escala estabelecida pela Santa Madre, com seu poderio de fundadora. Foi como as universidades se desenvolveram.
Passam-se os séculos, dois milênios já passaram também, e estamos no terceiro milênio. Sem surpresa, por ter conhecimento do Brasil e da peste das esquerdas notoriamente ineficazes em construir o que interessa ao desenvolvimento da Nação. E a União Nacional de Estudantes é a mesma do tempo de Jango presidente.
Chega a ser inverossímil, mas não houve um só milímetro de progresso nessa união de estudantes, que mantém o mesmo credo de esquerda, vai, mesmo, ao marxismo, embora malogrado.
A mídia bem informada já demonstrou o aspecto negativo dessa reforma universitária que Lula vai decretar, embora no mundo atual a Ciência e as Letras profanas ou religiosas, porém mais profanas do que religiosas, são defendidas pela UNE com o mesmo ardor do tempo de Jango, que ficou atrás no tempo, por uma enormidade, nos dias de hoje.
A UNE afirma em manifesto que não tolera os conservadores, se definir o que entende por esse vocábulo nas ciências sociais e políticas, e não admite o neoliberalismo. Esta aí, estabelecido pela UNE, o que é repudiando pelos seus mentores, todos engajados, ainda engajados num sistema que já morreu e não tem cultores senão em alguns países do antigamente chamado Terceiro Mundo, dentre eles o Brasil.
A universidade, como instituição, deixará de existir, pois os debates divergentes, na ciência e nas letras, esses desaparecerão, prevalecendo, apenas, como querem os membros da UNE, os anti-conservadores e os antiliberais. Será o fim da universidade.
Diário do Comércio (São Paulo) 31/01/2005