Foi o Diário do Comércio o primeiro jornal a denunciar o impostismo como forma de sacar do bolso dos habitantes do país, ricos, remediados e pobres, as receitas com que preenchem os rombos dados pelas más administrações e pela corrupção que campeia desenfreada, no vasto amparo fiscal do Brasil. O arranco do Diário do Comércio repercutiu e hoje estão acorrilhados ao mesmo movimento todos os órgãos de comunicação do país. Uma vitória pela qual rendemos graças aos nossos colegas.
O último a entrar na arena - linguagem zoológica, já que tratamos de leões e outros bichos, falemos nos sucessivos comentários que fazemos sobre o tributarismo como sistema que engorda os cofres do Estado e empobrece a nação, freando o desenvolvimento, por falta de verbas no setor privado, para manter a escalada capitalista que consiste em acumular e reempregar em bens de capital para produzir mais, e mais ganhar com repercussão no mercado e nos lares.
Numerosos estudos já foram feitos no mundo, sobretudo no mundo mais do que no Brasil, sobre a nocividade do tributarismo exagerado como o que prevalece no Brasil. Economistas laureados com o Prêmio Nobel já saíram a público para demonstrar, com estatísticas e fatos nas mãos e nos comentários, para invectivar o tributarismo como uma peça desastrosa da estrutura do governo, para o desenvolvimento de que tanto carece a nação. O governo é empedrado. Não cede. Quer mais de quem nem pode pensar em pagar, por falta de meios.
Agora entrou um partido na luta. Esperemos que entrem outros, ficando de fora o PT, por ser petista a administração, com o presidente diante de todos, por sua liderança de há muito estabelecida, repetimos, enquanto perdurar a idéia e a ação na cauda da idéia de que o tributarismo é necessário para tapar os buracos da administração, não haverá desenvolvimento que nos eleve entre as nações, como uma das que podem alçar-se à categoria de grande potência em futuro próximo. Continuaremos na mesma situação atual; é pena para todos os brasileiros.
Diário do Comércio (São Paulo) 18/01/2005