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Artigos

  • O sonho de 50 anos

    Quando da passagem do século (2000-2001), alguns jornais me procuraram para saber qual, em minha opinião, era o personagem mais importante dos últimos cem anos. Muitos haviam votado em Churchill, Fleming, Kennedy e (um absurdo) até em John Lennon. Votei em Martin Luther King e acho que votei certo.

  • A supremacia do Supremo

    Semana passada foi deprimente. O bate-boca entre dois ministros do Supremo Tribunal Federal mostrou que ainda não chegamos ao ponto ótimo de uma democracia, quando o respeito pela opinião alheia por mais estranha que seja é a condição primeira e última de uma sociedade realmente livre.

  • Casa-grande e senzala

    Muito comum, nos setores da inteligência nacional, reclamar contra a existência de dois Brasis, o rico, que procura viver em ritmo de Primeiro Mundo, e o pobre, que, em alguns casos, atinge o grau da miséria absoluta, sem saúde, sem escola, sem terra, sem comida e sem nada. Evidente que existem realmente dois países dentro de um só, ou melhor, duas nações dentro de uma.

  • Nada de novo

    Programa dominical da Rede Globo apresentou assunto recorrente e requentado: os Estados Unidos monitoram dia e noite não apenas dona Dilma mas também altos funcionários do nosso governo.

  • Maitê Proença

    Li, não sei onde, que o Fred, craque do Fluminense e da seleção, fez uma participação em novela de horário nobre. Justifica-se: depois de sua atuação na Copa das Confederações, e daquele gol antológico que derrotou a Espanha, um gol inédito no mundo, o jogador inteiramente derrubado, sem posição nem ângulo para chutar, mesmo assim decidiu a partida.

  • Sempre foi assim

    Dona Dilma sentou-se ao lado de Barack Obama numa dessas reuniões no exterior. Segundo a mídia, ela teria reclamado da espionagem da qual tem sido vítima por parte do governo dos Estados Unidos. Não sabemos o que Obama respondeu, mas não é difícil adivinhar.

  • Os espiões saem do frio

    Na crônica anterior, comentei dois casos históricos de espionagem em países e governos. Foram executados com a tecnologia primitiva que estava à disposição. O método mais utilizado era o do espião físico, individual. Foi assim que Portugal tomou conhecimento da Inconfidência Mineira, graças a um delator cujo nome consta dos livros escolares.

  • Embargos infringentes

    Não compreendo o assanhamento da imprensa a respeito de mudanças ministeriais. Acredito que os meios de comunicação caíram numa espécie de cilada do governo. Aborrecido com as críticas que diariamente lê na mídia, críticas que nos últimos tempos arrolam escândalos e casos de corrupção nos escalões superiores e sobretudo nas ruas, o governo decide sair por uma tangente de impacto, forçando pedidos de demissão, quando quer se livrar de dois ou três personagens que o incomodam.

  • O funeral de César

    Todos são homens honrados ("All honourable men"). Na cena do funeral de César, nos idos de março, Shakespeare fez Marco Antônio pronunciar o famoso discurso obra-prima da literatura universal. O mesmo se poderia dizer da sessão do STF que terminou empatada a respeito dos embargos infringentes.

  • Vésperas sicilianas

    A Sicília, como até o deputado Tiririca sabe, foi disputada durante anos entre Cartago e Roma. Era o ponto mais estratégico do Mediterrâneo, tornou-se italiana depois de algumas revoltas. Além dos limões sicilianos, que estão em moda, foi naquela ilha que nasceu a Máfia, que até hoje atua em bases parecidas com a do nosso doméstico mensalão. Giuseppe Verdi dedicou uma ópera às vésperas de uma revolta em que até um papa esteve envolvido.

  • Canja de corvo

    Seguindo uma tendência do jornalismo de serviço, com dicas especiais sobre os melhores filmes, livros, shows, restaurantes e guloseimas várias, iniciamos hoje uma série de receitas não apenas saborosas mas com alguma coisa de cívico, num momento em que o povo em geral está clamando nas ruas por melhores condições de vida, saúde e vergonha.

  • O papa e a maçã

    Nesta semana, o papa Francisco criticou a obsessão da igreja pelo sexo, manifestada, sobretudo, na condenação ao aborto e ao casamento gay. O cristianismo herdou do judaísmo (Velho Testamento) essa abominação pelo sexo, bastando lembrar que o pecado original, que não foi criação cristã, ficou reduzido ao símbolo da maçã comida por Adão e Eva.

  • Expedição infringível

    Em crônica antiga, num jornal que não existe mais, duvidei da existência da Bulgária. O romancista Campos de Carvalho lançara um livro famoso, "O Púcaro Búlgaro", no qual tentava provar a existência daquele país. Chegou a patrocinar uma expedição para esclarecer o assunto e me desmentir. Expedição que não houve por falta de voluntários.

  • Espionagem na paz e na guerra

    Embora com atraso, darei meu inútil palpite a respeito do discurso de dona Dilma na ONU, quando protestou, com a violência possível, contra a espionagem dos EUA sobre a nossa privacidade de Estado e nação.

  • Fernando Pamplona

    O Carnaval do Rio, que dá régua e compasso para os Carnavais de todo o Brasil, com as exceções da Bahia e do Recife, teve duas fases: a de antes e a de depois de Fernando Pamplona.