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Artigos

  • Atualidades de Maltus

    Recente entrevista nas páginas amarelas de Veja mostrou a atualidade do velho Maltus, o autor da fascinante advertência de que a população iria aumentar consideravelmente, vindo a tornar-se um problema gravíssimo no futuro. Segundo o entrevistado de Veja, esse dia chegou e o mundo está transbordando de populações. Pode-se fazer uma idéia aproximada do que seja uma população de um bilhão e duzentos milhões de habitantes na China, mais de um bilhão na Índia e nós aqui no Brasil caminhando para duzentos milhões.

  • Bravo à Petrobras!

    A Petrobrás anuncia com grande e merecido garbo que está preparada para atender ao consumo total de petróleo no País, notícia sem dúvida alvissareira, pois nos liberta de uma tremenda expectativa de outro choque de preços decretado pela Opep, como em 1973. O problema do petróleo no Brasil foi até há alguns anos marcado por dissonâncias lamentáveis, dentre elas prisões insensatas determinadas pelo Executivo, como a do grande escritor Monteiro Lobato. Mas esse tempo acabou. Hoje temos uma grande empresa petrolífera, uma das maiores do mundo, capacitada a atender a todo o consumo brasileiro em condições vantajosas para a economia nacional.

  • Burocracia impossível

    Um dos presidentes do período militar convidou o saudoso Hélio Beltrão para, com o título de ministro, executar planos de desburocratização da máquina administrativa, de longa data enferrujada em tal dimensão que causa seríssimos prejuízos à economia nacional. É sabido que o Brasil tem uma das mais atrasadas burocracias do mundo. Os reflexos destas anomalias se expõem, por exemplo, nas exportações conseguidas pelo ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, de mercadorias adquiridas por mercados estrangeiros. Um dos grandes males do País é esse, a burocracia animalizada preguiçosamente nos obstáculos que se interpõe entre a economia, o consumo e o desenvolvimento. O Brasil não está melhor no que diz respeito ao desenvolvimento por não dispor de uma administração tecnicamente eficaz , bem preparada, afim de dispensar papéis e carimbos, obstáculos de difícil conquista e que, portanto, emperram o crescimento econômico.

  • Política Cambial

    O brilhante ministro Luiz Fernando Furlan, sem dúvida um vitorioso na pugna de dimensão internacional pela conquista de mercados para o comércio exterior brasileiro, está certo ao reclamar uma revisão da política cambial, que se lhe apresenta com obstinada freqüência no curso de suas viagens de grande sucesso.

  • O choque das civilizações

     Li há uns dois ou três anos, não me lembro bem, o livro de Samuel Huntington A guerra das civilizações . Não concordei inteiramente com o ilustre autor, mas dei-lhe razão nas suas conclusões sobre a crise do mundo e a parte que tem nesta crise o Islã.

  • Pesquisas e candidatos

    Escrevi nesta coluna que deve se considerar o candidato Luiz Inácio Lula da Silva animal ferido, mas não vencido. Em artigo, meu colega José Nêumanne escreveu mais ou menos a mesma coisa, porque não se deve considerar o candidato a reeleição perdido pelos escândalos políticos e por sua paixão de ambulante em avião moderno.

  • O menu do anfitrião

    Tive um companheiro de trabalho nesta nobilíssima casa de quem guardo saudade. Faleceu há alguns anos mas dele sempre me lembro. Poeta, latinista e helenista, fez-me o favor de reverdecer meu latim e meu grego. Um dia, ao chegar ao trabalho, encontrei sobre a mesa uma quadrinha de versos e um soneto. Reproduzo aqui a quadra, pois o soneto tem uma chave de ouro que não se profere em salão. Esta é quadra: A democracia em Mombassa, merece aplauso e registro. Quando o governo fracassa o povo come os ministros.

  • O mundo digital

    Presumo que as mudanças a serem operadas vão exigir elevada participação de capital e as empresas deverão se adaptar ao novo modelo. Não há dúvida de que nós defendemos a livre iniciativa na televisão digital, mas já estão surgindo vozes na Europa que defendem a estatização. O argumento usado pelos estatolátras, comprovadamente ineficientes, é que só o Estado tem capacidade financeira para açambarcar a televisão digital.

  • Comércio fechado a tiros

    A rua 25 de Março não tem similar em nenhuma capital do mundo, nem mesmo a Garment Street de Nova York pode lhe ser comparada. Nem de longe. Na 25 de Março operosas coletividades de sírios, libaneses, egípcios, turcos e outras etnias realizaram a façanha extraordinária de fazer funcionar o maior souck ou shopping center, ou grande armazém, onde milhões de pessoas periodicamente se abastecem de tecidos de várias qualidades e vários preços. Pois esse universo comercial grandioso foi abalado recentemente por dois episódios violentos, um deles pela explosão de bomba de manufatura doméstica e o outro pelos tiros que levaram à morte um camelô, um transeunte e feriram um policial.

  • Fervedouro no Oriente Médio

    A crise no Oriente Médio está se avolumando e irrompeu depois que o Líbano tombou na ingovernabilidade, desestabilizando sem que seus líderes políticos conseguissem reencontrar o equilíbrio no qual conviverão durante longo período histórico muçulmanos e cristãos.

  • Velho tema

    Desde o princípio de meu interesse jornalístico, no fim de minha infância, que "desgraçadamente" os anos não trazem mais, ouço que Brasil e Argentina são duas nações rivais. Na história das relações de uma e outra há fases de júbilo e de azedume. É um vaivém em que duas nações amigas não raro se têm por questão de somenos importância. Desde a constituição do Mercosul, obra de José Sarney e Raúl Alfonsín, melhoraram as relações dos dois países, mas de vez em quando temos viradas que voltam ao antigo estribilho. Neste momento, a Argentina acaba de ganhar as barreiras que lhe interessam e o Brasil as cedeu.

  • A crise no Irã

    Quando tratado o problema da energia nuclear, tive oportunidade de uma vez escrever que essa energia, de infinitas possibilidades de emprego para a paz, no entanto poderia ser usada para a guerra de maneira amedrontadora. Evidentemente, a energia nuclear não ficaria nunca restrita aos Estados Unidos, à antiga União Soviética e mais tarde por alguns outros países.