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Artigos

  • O que falta é vontade política

    Nada menos de 21 Estados brasileiros deixaram de aplicar R$ 1,2 bilhão de reais no ensino básico em 2009. A acusação é do Ministério da Educação (MEC). Esses recursos não foram repassados ao Fundeb (Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica). Foram desviados para outras atividades, possivelmente menos prioritárias.

  • Rede pública está atrasada

    A propósito da tragédia configurada pelos resultados do último Ideb, que reprovou a educação brasileira, muitas considerações têm sido feitas, umas pertinentes, como a necessidade de valorização do professorado, outras pouco práticas, como a possível federalização do ensino fundamental. O governo central teria condições de responder por essa imensa carga? E haveria competência para isso?

  • Brasil ilimitado

    Tivemos nossa atenção despertada para o artigo “Brasil ilimitado” da revista britânica “The Economist”, analisando a realidade da educação brasileira. Vale a pena tocar em seus pontos essenciais, como nos sugere o amigo Marcos Troyjo, com vistas às candidaturas presidenciais.

  • Agora, um ensino diferenciado

    Há diversos estudos em andamento sobre o aperfeiçoamento da qualidade do ensino brasileiro, especialmente no Ensino Fundamental. Em comparação com escolas particulares, a educação pública está em nítida defasagem, o que vai de encontro às ambições nacionais de redução das nossas tradicionais e injustas desigualdades sociais.

  • Comer para emagrecer

    A obesidade é uma patologia. Assistíamos de longe aos esforços de países desenvolvidos, como os Estados Unidos, para combater o fenômeno que atinge especialmente a sua juventude. Agora, isso nos toca de perto. Cerca de 30% dos nossos jovens padecem do mal, sobretudo nas regiões desenvolvidas do país, provando que não nos livramos dos contrastes que marcam a nossa história: de um lado, no Norte e Nordeste, ainda há marcas evidentes da desnutrição que causa a fome, como comprovou o cientista Josué de Castro. No Centro-Sul e no Sudeste, produtos industrializados (frituras, doces e refrigerantes), um grande mal.

  • Sabedoria de Athayde

    Até hoje, o nome de Austregésilo de Athayde é pronunciado com muito respeito na seara cultural. Foi um belíssimo orador, valorizando a arte de falar, que dominou como poucos. Tinha um poder especial sobre as plateias que o ouviam, com um certo embevecimento, pois construía frases de efeito utilizando, em geral, o seu vasto conhecimento sobre a Grécia e os seus mitos. De uma feita, homenageado em São Paulo, pediu a palavra antes do jantar e se prolongou muito, para desespero da dona da casa. Com delicadeza, chamei sua atenção. A resposta foi dada para que todos pudessem ouvir: “Não vim aqui para comer. Podem começar a servir que eu vou continuar falando até cansar...” Praticamente, perdeu o delicioso jantar. Um dos privilégios da minha vida foi ter convivido, por muitos anos, com o grande presidente da Academia Brasileira de Letras, jornalista Austregésilo de Athayde. Dele recebi admiráveis lições, que não saem da minha memória. Uma delas foi a tolerância com os detratores da instituição, muitos deles escritores frustrados. Quando lhe perguntei a causa dessas críticas, ele me olhou com a complacência dos mais velhos, e disparou: “Não se preocupe com isso, meu filho. Assim que eles entram para a Academia, mudam de opinião.”

  • Cabral e a Oração aos moços

    Bernardo Cabral, ele também um grande orador e jurista de renome, relator dos trabalhos da Constituinte de 1988, fez uma apreciada conferência no Conselho Técnico da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo. Recordou, com muita propriedade, o que Rui Barbosa representou para o Brasil, nas várias atividades nacionais e internacionais em que se envolveu. Sem dúvida, uma figura estelar, como o jornalista e acadêmico Murilo Melo Filho demonstrou de forma competente no livro “O brasileiro Rui Barbosa”, há pouco editado pelo jornal “A União”.

  • A valorização do ensino técnico

    A leitura do livro do educador paraibano Itapuan Bôtto Targino, "100 Anos do Ensino Industrial Brasileiro", mostra a necessidade de repensar a profissionalização no nosso país, através dos seus fundamentos.

  • Inclusão digital em escolas públicas

    Uma das frequentes observações que se faz, no mundo da educação brasileira, é o fato de que convivemos com realidades rigorosamente distintas.  De um lado, escolas beneficiadas, sobretudo nos grandes centros urbanos, com uma qualidade que nada fica a dever às nações pós-industrializadas. O Enem é bem uma realidade disso.   De outro lado, escolas paupérrimas, principalmente no interior do país, sem condições de contribuir para o desenvolvimento local.

  • Os estudantes fogem da escola

    Foi uma comemoração singela, de acordo com a personalidade da homenageada. A professora Edília Coelho Garcia, ao completar os seus primeiros 90 anos de vida, como se disse no belo cartão que lhe foi entregue, na Casa de Julieta Serpa, no Rio, falou um pouco sobre as lembranças e as esperanças que ainda tem em relação a educação brasileira. Não escondeu o seu tradicional e conhecido espírito crítico: “Se não forem feitas mudanças substanciais, será difícil encontrar o caminho que nos leve ao crescimento desejado.”

  • Carlos Chagas Filho e a ciência brasileira

    Há uma série de comemorações dos centenários de figuras ilustres da vida brasileira. Depois de Rachel de Queiroz e Aurélio Buarque de Holanda, agora é a vez de ser relembrado o que Carlos Chagas Filho representou para a nossa ciência. Foi o que fizemos, na Academia Nacional de Medicina, a convite do seu presidente, Pietro Novellino.

  • Diálogos civilizacionais

    Mesmo em obras, na sua sede principal, a Organização das Nações Unidas viveu, em Nova Iorque, um dia de múltiplas atrações culturais. Por iniciativa de Marcos Troyjo e Marcos Vargas (Casa do Brasil), em colaboração com a UNESCO, foram comemorados o 10º aniversário do Ano das Nações Unidas para o Diálogo entre Civilizações e o Dia Mundial da Diversidade Cultural (21/05).

  • Um projeto vitorioso

    De início, a onda avaliativa do MEC  foi vista com alguma desconfiança.  Erros cometidos, que são humanos, serviram para corroborar  a  visão de que seria impossível  avaliar um sistema de milhões de participantes.  Hoje, até  recalcitrantes reconhecem que era preciso conhecer melhor o conteúdo da educação brasileira, para alcançar a etapa seguinte que é a do aperfeiçoamento desejado.

  • Chico imortal

    Sobre o humorista Chico Anysio, cuja morte todos lamentamos, já se escreveu tudo.  Ou quase tudo.  Quero contar um episódio, até aqui inédito, do qual fiz parte, e que agora, em homenagem a sua memória, vou revelar.

  • O que é assistência social?

    Não é que o nosso povo tenha atração pelo embaralhamento das coisas. Mas às vezes até parece que essa é uma predestinação histórica. Veja-se o caso da educação, para alguns autores desatentos sinônimo de ensino e até de instrução. Sabe-se que cada um desses termos tem o seu significado próprio, o que não impediu inclusive legisladores de citarem o sistema nacional de educação como se fosse sistema nacional de ensino. A educação é muito mais ampla.