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Artigos

  • Razões de um fracasso

    Folha de S. Paulo (SP), em 11/11/2007

    RIO DE JANEIRO - Nunca é tarde para aprender alguma coisa a respeito dos outros e de si mesmo. Sempre impliquei com o fato de existirem pobres e milionários, e muitas vezes me perguntei porque não era milionário. Li biografias dos grandes magnatas e entendi a razão da mediocridade de minha vida e de minha pecúnia. Rockefeller vendia perus na adolescência, terminou dono da Standart Oil Co. Onassis catava guimbas de cigarros em Buenos Aires e terminou casado com a viúva de Kennedy.

  • Uma sugestão cívica

    Folha de S. Paulo (SP), em 28/10/2007

    RIO DE JANEIRO - O pessoal do governo e da base aliada encontrou um argumento para justificar a prorrogação da CPMF por mais alguns anos. Descobriu que nenhum país pode dispensar o reforço de 40 bilhões da moeda local em seu orçamento de cada ano. Convenhamos, é dinheiro pra burro, mas ainda pouco para atender às necessidades nem sempre necessárias de um governo caótico no que se refere às aplicações de verbas.

  • A vida fácil

    Folha de S. Paulo (SP), em 25/10/2007

    RIO DE JANEIRO - O teólogo suíço Hans Küng esteve entre nós e, mais uma vez, expressou a sua idéia básica: "A igreja (romana) deve tornar a vida das pessoas mais fácil, e não mais difícil". Ele desce a exemplos sintomáticos das dificuldades que a religião, no caso a católica, cria para seus adeptos. Acontece que todas as religiões, inclusive a católica, não se destinam a criar uma vida mais fácil para seus fiéis. Pretendem criar uma vida melhor em relação com o Deus escolhido.

  • Fatos e fotos

    Folha de S. Paulo (SP), em 23/10/2007

    RIO DE JANEIRO - Feliz a época que, em vez de um, produz dois logotipos. Vivemos um tempo em que as imagens valem mais do que as palavras e conceitos. A Guerra do Vietnã, com a sua crua obscenidade, ficou naquela foto da menina nua e queimada pela napalm. Bem menos trágica, mas reveladora do transe que agora vivemos, temos dois momentos que certamente não ficarão para sempre, mas enquanto durarem servirão de síntese de nossas agruras e penas.

  • Estas pequenas coisas

    Folha de S. Paulo (SP), em 21/10/2007

    RIO DE JANEIRO - Consumado (e assumido) espírito de porco, adoro remar contra a maré e embarcar em canoas furadas. Em matéria de cinema, por exemplo, acredito que seja o único a não gostar de "Quanto mais Quente Melhor", do Billy Wilder. Mas credito a ele duas obras-primas: no drama, o genial "Crepúsculo dos Deuses"; na comédia, o melhor filme italiano feito fora da Itália, "Avanti". Quanto mais o tempo passa, mais gosto de Billy Wilder.

  • Tempo de paradas

    Folha de S. Paulo (SP), em 18/10/2007

    RIO DE JANEIRO - Simultâneas, com vários significados e diferentes interpretações, o Rio teve no último domingo as paradas gay e a da vaca, esta última em sua versão erudita, "cow parade", combinando com o "gay", que me parece já estar dicionarizado como palavra nacionalizada e indolor aos ouvidos dos puristas mais radicais da nossa língua.

  • Aproveitando a confusão

    Folha de S. Paulo (SP), em 16/10/2007

    RIO DE JANEIRO - Velho filme de Jerry Lewis terminava com uma cena caótica, ninguém se entendendo com ninguém, ofensas pra lá e pra cá, gente rolando no chão aos socos e pontapés, garrafas e cadeiras voando. O personagem de Jerry se arrasta até a mocinha que pretende namorar, leva-a para o carro e explica: "De uma confusão sempre se aproveita alguma coisa".

  • A vida e o filme

    Folha de S. Paulo (SP), em 14/10/2007

    RIO DE JANEIRO - "Era gente sem perna, parecia um filme". Foi a manchete de um jornal no dia seguinte ao desastre de caminhões em Santa Catarina, na última quarta-feira. Em setembro de 2001, eu estava no aeroporto de Curitiba, um sujeito chamou minha atenção para a televisão, exclamando admirado: "Nunca vi um filme como este!". Olhei e também ia concordando com o desconhecido quando notei que estávamos vendo o atentado ao World Trade Center.

  • Guevara

    Folha de S. Paulo (SP), em 11/10/2007

    RIO DE JANEIRO - Os 40 anos da morte de Guevara estão provocando matérias na mídia internacional, a maioria a favor do mito, outras, em menor número, apresentando o outro lado do herói, sua crueldade para com os adversários, sua incompetência como administrador.

  • Ninguém é inocente

    Folha de S. Paulo (SP), em 28/12/2006

    RIO DE JANEIRO - Dom Rodolfo de Aguiar Dias chegou ao portão do palacete da rua dos Araújos, uma rua tradicional da antiga aristocracia tijucana, empoeirada agora, e mais triste que todas as demais ruas da Tijuca, do Rio e do mundo. Antes de tocar a campainha, meteu a mão no bolso da batina e apanhou o telegrama que recebera dias antes, e cujo texto já sabia de cor: "Sou senhora rica, nascida em Valença, antes de morrer quero deixar todos os meus bens para a sua diocese. Traga valise para levar o dinheiro. (a) Dona Eugênia do Carmo, rua dos Araújos, 47 - Rio".

  • O demônio do poder

    Folha de S. Paulo (SP), em 19/12/2006

    RIO DE JANEIRO - "Não é a fome, não é o desejo -é a sede do poder que é o demônio do homem. Dê-se-lhes tudo: saúde, alimentos, moradia, distrações -nem por isso se sentirão menos tristes nem menos infelizes; porque o demônio está de alcatéia, o demônio os espera, espera e quer ser satisfeito".

  • O Natal e o abacaxi

    Folha de S. Paulo (SP), em 18/12/2006

    RIO DE JANEIRO - Sempre que tinha um problema difícil para resolver, Napoleão chamava um homem de nariz grande, porque, dizia o imperador, ele "sabe cheirar". Daí se conclui que o cheiro é importante não apenas para Napoleão mas para todos nós que somos marcados por determinados cheiros, pessoas e coisas que nos aconteceram.

  • Cultura e esporte

    Folha de S. Paulo (SP), em 17/12/2006

    RIO DE JANEIRO - Não venho acompanhando em detalhes a saia justa entre o pessoal da cultura, notadamente do cinema e do teatro, com o pessoal do esporte. Alguns setores da sociedade acham descabida a obrigação do Estado de sustentar ou apenas apoiar iniciativas culturais e esportivas.