Na urna em que comeu
A notícia que chega em meio a essa estranha campanha eleitoral preocupa. Ela informa que o Brasil está entre as seis nações onde houve recuo na democracia entre 2015 e 2017.
A notícia que chega em meio a essa estranha campanha eleitoral preocupa. Ela informa que o Brasil está entre as seis nações onde houve recuo na democracia entre 2015 e 2017.
É possível que a imprensa tenha se comovido mais com o atentado contra Jair Bolsonaro do que os eleitores. O primeiro resultado da pesquisa Datafolha após o ataque não confirmou, pelo menos até agora, as expectativas de que a facada iria favorecer, de maneira decisiva, a campanha do candidato do PSL.
Como ficou demonstrado com o incêndio do Museu Nacional, o Brasil parece só usar a memória para se lembrar de que não a tem ou a tem incompleta — é o país da amnésia crônica e do pretérito imperfeito.
Não tive com o Museu Nacional a relação afetiva que tinha com o Museu de Arte Moderna, que na madrugada de 8 de julho de 1978 foi também destruído por um incêndio.
Muito oportuna neste ano eleitoral a série “Política: modo de fazer” que a GloboNews inicia hoje em parceria com a Maria Farinha Filmes e o Instituto Update, revelando novas práticas surgidas em comunidades e periferias.
Fizeram para mim a pergunta do momento: “Você já sabe em quem vai votar pra presidente?”. Respondi que não, eu e a torcida do Flamengo, exagerando um pouco.
Nelson Rodrigues deve estar mordendo a língua. Como poderia prever que ele próprio desmentiria uma de suas mais famosas afirmações, a de que “toda unanimidade é burra”? Não sei se existe hoje no teatro brasileiro uma unanimidade mais inteligente do que ele.
Ainda se comenta o inesperado sucesso de Marina Silva no debate da Rede TV, quando confrontou Jair Bolsonaro, que depois reclamou: “Ela gritou comigo, me interrompeu, e eu a tratei com a maior cordialidade possível”. Na verdade, ela não gritou. Com aquela fala mansa e sem levantar a voz fraca, ela lhe deu uma desconcertante lição.
Uma das melhores iniciativas da imprensa brasileira foi criar instrumentos para combater as fake news, essa praga que ameaça proliferar, sobretudo agora que a campanha eleitoral começou.
No último fim de semana a imprensa noticiou que uma bala perdida atingira uma senhora de 61 anos no leito de um hospital e, com o projétil alojado na cabeça, ela corria o risco de ficar cega do olho direito. “Quando a gente imaginou que ia acontecer isso comigo?”, ela exclamou para o filho após a cirurgia para reconstrução dos ossos do rosto.
Alguns dirão que se trata de uma coluna em causa própria — a dos velhos. Pode ser. Afinal, o tema está na moda. No próximo dia 21, haverá aqui no jornal o seminário “Envelhecimento além das rugas”, com a participação de uma dezena de conhecedores do assunto.
...imagine nós, homens. Falo por mim, que consulto a minha sobre qualquer coisa importante. A atual indecisão das mulheres em relação às eleições é recorde, e essa inapetência eleitoral explica muito do estado de (des) ânimo geral. Afinal, elas são 52,5% do eleitorado, ou seja, a maioria que determina o resultado final.
Nestes tempos de incongruências e contradições, algumas perguntas são inevitáveis para tentar explicar certos comportamentos coletivos na hora de decidir.
Tomara que o agosto que começa hoje não confirme a má fama que acumulou ao longo da História, ao servir de cenário de acontecimentos nefastos como alguns dos que têm reforçado a crença supersticiosa.
O Doutor Bumbum e a Paty Bumbum não foram os primeiros e nem serão os últimos a aplicar o velho e popular conto do vigário. A expressão caiu em desuso; mas a prática, não, como prova a intensa atividade de ilícitos do médico Denis Furtado e da falsa médica Patricia Silvia dos Santos, agora presos.