ABL na mídia - Lu Lacerda - ABL entra na era dos podcasts com os imortais: “Eles falam além da literatura”, diz Rosiska Darcy
Publicada em 16/10/2024
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Publicada em 06/10/2022
Publicada em 07/07/2022
Depois do tomo I, saído em 2008, apresentamos aos leitores o tomo II da Correspondência de Machado de Assis. Com exceção de algumas cartas dos anos 60, descobertas recentemente, o novo volume é consagrado aos decênios de 1870 -1879 e 1880 - 1889. Esses dois decênios estão entre os mais significativos da obra de Machado de Assis. Cada um deles é assinalado por um corte e uma abertura.
Todo o Brasil está sendo testemunha de um clamor generalizado contra o ''silêncio dos intelectuais'', título de um ciclo de conferências realizadas em várias cidades do Brasil. Evidentemente há uma boa dose de oportunismo em algumas dessas cobranças, feitas por pessoas mais interessadas em atacar um governo de esquerda que em implantar o reino da moralidade pública, mas as críticas contêm no avesso algo de positivo: um reconhecimento da importância do intelectual e mesmo uma indicação implícita dos rumos que deveriam ser seguidos para que sua função se tornasse mais eficaz.
Em minha geração, o papel do intelectual foi sobrevalorizado. Ele era visto como um funcionário do absoluto, como detentor do saber da História, como representante do espírito do tempo. Hoje, ao contrário, ele perdeu suas ambições megalomaníacas e se vê como simples participante da divisão social do trabalho: ele escreve livros, como outros os imprimem, outros os encadernam e outros os vendem. Ele é um profissional como todos os outros. Nada mais que isso.