Portuguese English French German Italian Russian Spanish
Início > Artigos

Artigos

  • O banqueiro tranqüilo

    RIO DE JANEIRO - Perdoem a insistência: mas na recente embrulhada policial-jurídica, envolvendo duas importantes instituições do Estado (Executivo e Judiciário), o que mais me espantou foi a certeza de Daniel Dantas ao se declarar "tranqüilo" quanto ao Supremo Tribunal Federal, do qual nada temeria.

  • Refresco de memória

    RIO DE JANEIRO - Até agora, a mais espetacular operação da Polícia Federal atirou contra o banqueiro Daniel Dantas. Mas atingiu também o presidente do Supremo, Gilmar Mendes, que está levando as sobras com o levantamento de sua polêmica passagem no judiciário nacional.

  • O Rio e seus rios

    RIO DE JANEIRO - "O Brasil não dá certo porque não tem um golfo." O diagnóstico é de Graciliano Ramos, em curiosa entrevista a Joel Silveira. Para corrigir a topografia nacional, propunha que se afundassem dois Estados litorâneos, Sergipe, terra de Joel, e Alagoas, terra do próprio Graça. O nome do novo acidente geográfico seria "Golfo das Alagoas".

  • Matar ou morrer

    RIO DE JANEIRO - O pior de uma guerra, entre outros piores, é o sacrifício de inocentes de ambos os lados. Seria utópico que numa luta entre o bem e o mal, o crime e a lei, somente um lado (o mal e o crime) fosse exterminado. No confronto atual entre polícia e bandidos, aqui no Rio, o número de inocentes aumenta a cada dia.

  • Dercy

    RIO DE JANEIRO - Entre as coisas estranhas que me aconteceram, a mais complicada e inútil foi a de superintender a teledramaturgia da antiga Rede Manchete, que então atravessava boa fase, com produções de sucesso, como "Marquesa dos Santos" e "Dona Beja". Em conversa com Adolpho Bloch, ele sugeriu que se fizesse uma novela tendo como cenário principal uma gafieira dos tempos em que ele chegara da Rússia, e cujo nome era "Kananga do Japão".

  • Era de paz

    RIO DE JANEIRO - Uma nova realidade somada a outras realidades: a instituição policial não apenas caiu no descrédito da população, mas passou a ser detestada. Há motivos para isso, alguns históricos, outros mais recentes, como a morte de inocentes durante as operações contra supostos criminosos.

  • De autores e frases

    RIO DE JANEIRO - Uma frase atribuída a Joseph Goebbels, ministro da Propaganda do regime nazista, foi repetida por Celso Amorim numa reunião internacional e provocou constrangimentos: "Mentir, mentir, que sempre fica alguma coisa". O leitor Fabrizio Wrolli enviou carta ao "Painel" perguntando em qual historiador, e em que livro, há referência à frase.

  • "Caso de matraca"

    RIO DE JANEIRO - Para aumentar a poluição que está sendo feita sobre o centenário da morte de Machado de Assis, aí vai uma contribuição que encontrei num de seus contos mais famosos: "Naquele tempo, Itaguaí, que como as demais vilas, arraiais e povoações da colônia, não dispunha de imprensa, tinha dois modos de divulgar uma notícia: ou por meio de cartazes manuscritos pregados na porta da Câmara e da matriz; ou por meio de matraca. Contratava-se um homem, por um ou mais dias, para andar as ruas do povoado, com uma matraca na mão. De quando em quando tocava a matraca, reunia-se gente, e ele anunciava o que lhe incumbiam -um remédio para sezões, umas terras lavradas, um soneto, um donativo eclesiástico, o mais belo discurso do ano etc."

  • Verdades verdadeiras

    RIO DE JANEIRO - Tristezas não pagam dívidas. Não adianta chorar sobre o leite derramado. Mais vale um pássaro na mão que dois voando. Diga-me com quem andas e te direi quem és. O homem é aquilo que come. A cavalo dado não se olha a boca. Um é pouco, dois é bom, três é demais. Quem pariu Mateus que o embale.

  • A obra-prima inicial

    O PRIMEIRO contato com "Memórias de um Sargento de Milícias" provoca surpresa. Em primeiro lugar, pela linguagem, a língua tal como é falada entre nós. Surpresa também pelo tratamento da história em si. Surgia afinal o primeiro anti-herói de nossa literatura. Chegavam à cena os primeiros tipos que delineariam a ficção nacional daí em diante, como o padrinho do personagem principal (que Machado de Assis, José Lins do Rego, Jorge Amado e muitos outros copiaram e copiam ainda), além da comadre e do major Vidigal.

  • Ser ou estar ministro

    RIO DE JANEIRO - Quando convidado para ministro da Cultura, ainda no primeiro governo de Lula, o cantor e compositor Gilberto Gil levantou a premissa: não podia aceitar um cargo que conflitaria com sua vida profissional, que exigiria deslocamentos não compatíveis com uma função que deveria ser exercida em regime de tempo integral.

  • A razão do sucesso

    RIO DE JANEIRO – São coisas que acontecem com qualquer um, até mesmo comigo. Bem verdade que nunca cheguei a tanto. As surpresas que desabaram sobre mim foram poucas e pífias. Mas tenho um amigo que pode perfeitamente ocupar o pódio do incrível, fantástico e maravilhoso.