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Artigos

  • Obama e o sonho

    RIO DE JANEIRO - Compreendo mas não participo da euforia provocada pela candidatura do Barack Obama à Presidência dos Estados Unidos pelo Partido Democrata. Não acredito que o governo da nação mais poderosa do mundo seja melhor ou mais simpático pelo fato de ser liderado por um negro com idéias liberais e uma biografia interessante e, até onde sabemos, digna de respeito.

  • Patrocínio e patrocinados

    RIO DE JANEIRO - Num ano qualquer do século 20, um faquir com cara de indiano, mas nascido em Quixadá, encerrou-se numa urna de vidro com cinco cobras e prometeu bater o recorde mundial de jejum, ficando 58 dias sem nada comer. Chamava-se Silky. A marca anterior para tal e tamanha proeza fora de 57 dias, conquistada por um tailandês (parece que autêntico): morreu de indigestão quando voltou a comer normalmente.

  • Cinqüenta anos depois

    Cinqüenta anos depois de lançado, mais importante se apresenta o romance " O ventre", de Carlos Heitor Cony, ocupando uma vanguarda rara na ficção brasileira. Escrevi sobe ele na época, realçando sua presença numa nova fase de nosso romance. Sai agora edição comemorativa desse livro sob a égide da Academia Brasileira de Letras e da editora Objetiva/Alfaguara.

  • Jamelão

    RIO DE JANEIRO - José Bispo do Santos, que é Jamelão para todos os efeitos, declara-se na prorrogação, diz que está no lucro. Apesar disso, reclama que a Mangueira quer aposentá-lo como puxador de samba, ele que continua sendo o maior de todos, consenso e referência das escolas de samba.

  • Carta na manga

    RIO DE JANEIRO - Nos tempos da 2ª Guerra Mundial, personagem criado por Walt Disney para a política da boa vizinhança, o papagaio Zé Carioca meteu-se a mágico, arregaçou as mangas na base do "nada aqui nesta manga, nada aqui nesta outra manga". De uma delas caiu uma carta de baralho, o ás de espadas, que ele trazia para qualquer emergência em mesa de pôquer.

  • Dia perfeito para o homem banana

    RIO DE JANEIRO - Um daqueles dias em que há a sensação de que não se deve sair de casa, nem da cama. Tudo começa com o telefonema do editor de uma revista reclamando o texto que ainda não teve tempo de escrever. Promete mandar mais tarde. E outro telefonema informa que a secretária torceu o pé, está no Miguel Couto, não irá trabalhar.

  • Do tamanho dos hinos

    RIO DE JANEIRO - Quando não tinha assunto para um artigo dos muitos que escrevia para diversos jornais portugueses e brasileiros, Eça de Queiroz esculhambava o bei de Túnis, personagem mais ou menos imaginário ao qual ele atribuía malfeitos e incompetência. Conheci um famoso jornalista da imprensa carioca que, na mesma situação (sem um assunto específico), fazia veementes editoriais exigindo novo hino nacional para o Brasil.

  • Planos de segurança

    RIO DE JANEIRO - Começou aos poucos, como as tempestades e as gripes. Cariocas preocupados com a violência, sobretudo nos bairros da classe média, se cotizavam e contratavam equipes de segurança para guardarem determinadas ruas ou quarteirões. Antes da classe média se prevenir, a classe mais alta já dispunha de seguranças particulares que levavam as crianças ao colégio e as madamas aos compromissos sociais.

  • Fichas sujas

    Continua a discussão, tanto na Justiça Eleitoral, como em amplos setores da sociedade, sobre o impedimento de candidatos que tenham algum tipo de processo criminal, ainda que em fase não definitiva.

  • Piada machista

    RIO DE JANEIRO - Fama que acompanha a mulher é a de que ela não sabe guardar segredo. Quando Jesus ressuscitou, ele primeiramente apareceu a mulheres, sabendo que elas logo espalhariam a novidade. Seria machismo do Filho de Deus? Uma das suspeitas que pairavam sobre a conduta do Nazareno era a presença de mulheres em suas andanças. Uma delas chegava a provocar ciúmes entre os apóstolos mais chegados.

  • Machado e a bossa nova

    RIO DE JANEIRO - A tradição de comemorar aniversários redondos tem lá suas motivações e até mesmo sua utilidade. Em termos midiáticos, contudo, descamba para a redundância que torna insuportável a repetição dos mesmos comentários e a busca alucinada por novas interpretações. Somando tudo, o excesso termina chateando os consumidores.

  • A grande caverna

    RIO DE JANEIRO - Que foi um espetáculo, foi. A prisão de um banqueiro, de um megainvestidor, de um ex-prefeito da maior cidade do Brasil, além de quase duas dezenas de peixes menores, não constitui uma surpresa em si, mas a confirmação dos cupins que devoram a estrutura de nossa vida pública: a corrupção.