O ‘mito’ e a mitomania
Dizem que político mente por dever de ofício. Mas há os que abusam. O site Intercept garante que Bolsonaro, por exemplo, mentiu publicamente 200 vezes desde que tomou posse, isto é, mais de uma mentira a cada 24 horas.
Dizem que político mente por dever de ofício. Mas há os que abusam. O site Intercept garante que Bolsonaro, por exemplo, mentiu publicamente 200 vezes desde que tomou posse, isto é, mais de uma mentira a cada 24 horas.
Há muito uma intenção do presidente Bolsonaro não despertava o humor de tanta gente como o anúncio de que pretende indicar um filho, o 03, como embaixador em Washington.
Quando um jornalista lhe pediu uma declaração sobre a morte de João Gilberto, o presidente Bolsonarao limitou-se a dizer em meio à comoção geral: “Ele era uma pessoa conhecida.
Ao completar seis meses, o governo Bolsonaro tem razão para comemorar o acordo de livre comércio celebrado entre o Mercosul e a União Europeia, classificando-o de “histórico” e acrescentando: “Prometi que faria comércio com todo o mundo, sem viés ideológico.
Reunir em cinco dias mais de cem autores brasileiros e alguns estrangeiros para debater ideias é arriscado neste momento em que as divergências de opinião costumam se transformar em ódio, as diferenças, em hostilidade e bate-boca.
Durante os últimos cinco anos, muitos acreditaram que Sergio Moro ia desmentir a afirmação de Nelson Rodrigues de que “toda unanimidade é burra”.
Como dizer a uma criança de 6 anos, como meu neto Eric, que ele não será mais obrigado a andar sentado na cadeirinha do carro se for aprovada mais essa proposta absurda do presidente.
A recente homenagem prestada na Academia Brasileira de Letras a José Aparecido de Oliveira, que faria 90 anos e foi o primeiro ministro da Cultura pós-ditadura, transformou-se em hora da saudade. V
O presidente Bolsonaro tenta desqualificar os especialistas que criticam o seu decreto sobre o porte de armas de fogo, alegando que eles não são —“se dizem especialistas”.
A democracia fez mal à direita no Brasil — pelo menos a que está no poder. Em tempos de ditadura, ela era bem mais inteligente do que a de agora.
Em meio a tanto obscurantismo, um momento de alento, uma pausa para a inteligência. Estive há dias aqui no Rio com o maior físico e astrônomo brasileiro.
O poder, qualquer poder, de direita ou de esquerda, não se caracteriza pelo respeito à veracidade dos fatos, a não ser os que servem à própria conveniência.
A crença era de que só as outras ditaduras, a da Argentina e a do Chile, principalmente, haviam sequestrado e levado para adoção clandestina filhos pequenos de militantes políticos presos ou mortos.
No meu tempo de criança se dizia que há pessoas que “procuram sarna pra se coçar”.
Como sempre, a última palavra foi de Fernanda Montenegro, ao resumir a comoção da classe artística pela perda de Domingos Oliveira: “É uma época de sonhos que vai com ele.