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Artigos

  • Diferenças? Só no futebol

    Como se pode depreender da viagem de uma semana a Buenos Aires e Bariloche, a Argentina não vive o melhor dos seus momentos. Tem uma inflação alta e os empregos não são para todos. O seu governo (Cristina Kirchner) cria barreiras alfandegárias aos produtos de fora e a Índia, por exemplo, que importa óleo de soja, reduziu pela metade as suas encomendas, como forma de retaliação. Enquanto os meios oficiais continuam reivindicando os direitos sobre as Ilhas Malvinas, um conjunto de 12 mil quilômetros quadrados de área no Atlântico Sul, conquistado ou usurpado pela  Inglaterra, em 1833, a solução parece longe de favorecer a Argentina. Os britânicos não aceitam nem conversar sobre o assunto.

  • Heleno, o mito

    O filme de José Henrique Fonseca sobre Heleno de Freitas(1920-1959) não diz tudo sobre o craque botafoguense, interpretado nas telas por Rodrigo Santoro.  Para tentar entender o grande craque, tomo emprestado um trecho de Carlos Heitor Cony sobre o genial compositor Puccini: “Thomas Edison, o maior inventor do seu tempo, deu a Puccini um dos seus primeiros gramofones, com a enorme tuba em ouro, na qual mandou gravar: “Outros depois de mim farão inventos maiores, mas ninguém fará melodias mais belas do que  Puccini.”

  • Sustentabilidade e educação

    A expressão desenvolvimento sustentável está na moda. Tem tudo a ver com as nossas perspectivas de vida saudável. Por isso mesmo, o papel da educação, nesse processo, é fundamental, quando, numa aula de ciências, discute-se a quantidade de animais ameaçados de extinção, como é o caso das ararinhas azuis, que não se encontram mais na natureza (só em cativeiros). Na verdade, estamos preparandoo espírito dos nossos futuros executivos para a necessidade inadiável de respeito aos limites do planeta.

  • José Veríssimo e a educação

    José Veríssimo, nascido em Óbidos(Pará), foi o fundador e primeiro ocupante da cadeira nº 18 da Academia Brasileira de Letras.  Durante toda a sua vida, dedicou-se com fervor à causa da educação nacional

  • Cursos e profissões em profusão

    Ao final, uma explosão de alegria, no Centro de Convenções Sul América, no Rio de Janeiro. Organizadores, empresários e participantes da I Expo CIEE/RJ não se contiveram quando os alto-falantes anunciaram a conclusão, com êxito absoluto, do evento que trouxe, durante três dias, nada menos de 32.520 visitantes aos 52 stands.

  • E a vida em 2052?

    Depois de ter ajudado a publicar, em 1972, um estudo do Clube de Roma sobre "Os limites do crescimento", o acadêmico norueguês Jorgen Randers, especialista em questões climáticas, planejamento de cenários e dinâmica dos sistemas, tenta vislumbrar como será a nossa vida daqui a 40 anos – e para isso contou com a colaboração de 40 autores. São pensadores que se debruçam sobre áreas como economia global e recursos. As previsões foram feitas a partir de modelos de computador, mas têm uma característica eminentemente humana. Prevê-se, por exemplo, que em 2052 a concentração de CO2 na atmosfera continuará aumentando e a temperatura em geral crescerá 2ºC. Mesmo assim produziremos a comida de que necessitaremos, embora seja possível a existência de baques em relação ao milho nos EUA e ao trigo na Índia.

  • O que é assistência social

    Não é que o nosso povo tenha atração pelo embaralhamento das coisas. Mas às vezes até parece que essa é uma predestinação histórica. Veja-se o caso da educação, para alguns autores desatentos sinônimo de ensino e até de instrução. Sabe-se que cada um desses termos tem o seu significado próprio, o que não impediu inclusive legisladores de citarem o sistema nacional  de educação como se fosse sistema nacional de ensino. A educação é muito mais ampla.

  • Sustentabilidade e educação

    A expressão desenvolvimento sustentável está na moda.  Tem tudo a ver com as nossas perspectivas de vida saudável e, por isso mesmo, o papel da educação, nesse processo, é fundamental, quando, numa  aula de Ciências, discute-se a quantidade de animais ameaçados de extinção, como é o caso das ararinhas azuis, que não se encontram mais na natureza (só em cativeiros), na verdade estamos preparando o espírito dos nossos futuros executivos para a necessidade inadiável de respeito aos limites do planeta.

  • Usos e abusos na língua portuguesa

    Na imprensa portuguesa, vez por outra, publica-se crítica à existência do acordo ortográfico de unificação da nossa língua. Alguns jornais afirmam que os filólogos brasileiros encheram o documento de "bizarrices inúteis", enquanto outros reclamam que a Academia das Ciências de Lisboa, parceira do projeto, errou pelo excesso de "cedências" às hipotéticas pressões neocolonialistas do Brasil. É evidente que nada disso faz sentido. Devemos ter mesmo só uma forma de expressão escrita, para que o nosso idioma passe a ser, estrategicamente, adotado como uma das línguas oficiais da Organização das Nações Unidas. Falar é outra coisa. Cada um segue falando de acordo com a sua tradição. Da mesma forma, não se pode defender a existência interna de uma separação linguística, dividindo o falar do rico e do pobre. O Vocabulário Ortográfico, editado pela Academia Brasileira de Letras, tem 370 mil verbetes, o que é uma amostra da sua força e da disponibilidade das palavras para todos. Machado de Assis fez toda a sua extraordinária obra de romancista com o emprego de somente 16 mil vocábulos.   Temos uma realidade plurilinguística, considerando-se basicamente que a norma padrão (culta) deve ser respeitada nos códigos escritos, pois são esses que, mais tarde, os estudantes terão que utilizar nos seus diversos concursos. Veja-se o que aconteceu na seccional paulista da OAB. Dentre os 20.237 candidatos (bacharéis em direito), o índice de reprovação foi de 92,8°/o, o que levou o presidente Luiz Flávio Borges D'urso a afirmar que "há pessoas que chegam à prova e não sabem conjugar verbos ou colocar as palavras no plural".

  • O futuro que queremos

    Há muitas reclamações de que a Rio 92 não trouxe resultados concretos e que a Rio+20 talvez acabe na mesma situação, apesar da presença de tantos chefes de Estado.  Não foi diminuído o efeito do monóxido de carbono em nossas vidas e hoje, mais do que questionar o significado da palavra, discute-se a modernidade do termo sustentabilidade, que nem é tão moderno assim.  No Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, da Academia Brasileira de Letras, edição de 2004, lá está o verbete, impávido, na página 741.  Não é, pois, uma grande novidade.

  • Abismo da educação média

    Se há um grau de ensino, no Brasil, que anda rateando há muito tempo é o de nível médio. Assinalam-se feitos no ensino fundamental (mais de quantidade do que de qualidade), nossa pós-graduação é digna de ombrear-se com a de países industrializados, há boas perspectivas de avanços na educação infantil, mas o ensino médio representa uma entropia no sistema. Agora mesmo, há estranheza quanto ao número de reprovados em geral e também aos que abandonam os estudos, desinteressados do seu futuro profissional. Segundo dados oficiais, o índice de repetição em 2011 foi de 13,1% (é o pior desde 1999).

  • O acordo será obrigatório

    A proximidade do dia 1° de janeiro de 2013, quando se tornará obrigatório, em nosso país, o respeito aos termos do Acordo Ortográfico de Unificação da Língua Portuguesa, torna essa discussão ainda mais acesa. O Brasil, na verdade, recebeu muito bem as poucas modificações propostas, entre as quais se incluiu o fim do trema, além de uma simplificação vernacular que já veio tarde. Na imprensa portuguesa, vez por outra, publica-se crítica à existência do Acordo Ortográfico de Unificação da nossa língua. Alguns jornais afirmam que os filólogos brasileiros encheram o documento de "bizarrices inúteis", enquanto outros reclamam que a Academia das Ciências de Lisboa, parceira do projeto, errou pelo excesso de "cedências" às hipotéticas pressões neocolonialistas do Brasil.

  • O manifesto dos pioneiros da educação nova

    Fernando de Azevedo, Afrânio Peixoto, A. de Sampaio Dória, Anísio Spínola Teixeira, Manuel Bergströn Lourenço Filho, Roquete Pinto, J. G. Frota Pessoa, Júlio de Mesquita Filho, Raul Briquet, Mário Casassanta, Carlos Delgado de Carvalho, Antônio Ferreira de Almeida Júnior, J. P. Fontenelle, Roldão Lopes de Barros, Noemi M. da Silveira, Hermes Lima, Atílio Vivacqua, Francisco Venâncio Filho, Paulo Maranhão, Cecília Meireles, Edgar Sussekind de Mendonça, Amanda Álvaro Alberto, Garcia de Resende, Nóbrega da Cunha, Pascoal Leme e Raul Gomes lançaram, em 1932, manifesto que teve larga repercussão em todo o país e foi reproduzido na Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos (1932). Esse grupo, que desde a década de 1920 lutava pela renovação do ensino no país, dirigia-se ao povo e ao governo, retomando o que já dissera Miguel Couto, em 1927, e assinalando mais uma vez que:

  • Entropia no sistema

    Uma das mais famosas expressões do educador Anísio Teixeira hoje deve ser reavivada: “O ensino médio brasileiro é um ensino órfão.”  Ele reclamava, naturalmente, da pouca importância dada pelas autoridades e até mesmo por um grande número de educadores para o que deveria ser, na concepção dele, uma educação intermediária renovada.

  • O príncipe Danilo

    No Brasil, tivemos um príncipe Danilo no futebol. Cheguei a vê-lo atuar pelo América, pelo Vasco da Gama e pela seleção brasileira. De estilo inconfundível, jogava na posição que, à época, se chamava de centro-médio. Armava as jogadas com rara elegância. Era o Danilo Alvim.