A paz seja conosco
O otimismo em relação às UPPs já foi maior, mas ainda existe, embora seja abalado cada vez que há um episódio como morte recente de jovem no Morro da Providência
O otimismo em relação às UPPs já foi maior, mas ainda existe, embora seja abalado cada vez que há um episódio como morte recente de jovem no Morro da Providência
Quando não são as cenas de decapitação e outras formas bárbaras de tortura, são milhares, quase meio milhão, de migrantes fugindo do terror
O fatiamento do processo seria o começo do fim da Operação Lava-Jato? Será que o país é mesmo masoquista, só gosta das más notícias?
O ‘maior festival de rock do mundo’, como se anunciava, foi alvo também dessa polêmica: ou se era contra ou a favor, ou se gostava de samba ou de rock
A CPMF vai mesmo voltar? E a inflação vai ser de quanto? E o desemprego? E o custo de vida? O pacto de ajuste vai resolver a crise fiscal, a recessão?
Vejo com simpatia uma fórmula para tirar o país dessa confusão que propõe não ‘nós contra eles’, mas o diálogo, uma convergência em torno de alguns pontos em comum
Cidade vive a somatização da crise: sintomas físicos em consequência da insegurança econômica, da desorientação do governo e da incerteza geral
As autoridades alegam que é assim em qualquer metrópole. Pode ser, mas isso não serve de consolo. Já vivemos numa cidade que dá saudades.
Os intolerantes, que estão destilando ódio contra e a favor, não devem se esquecer de que, em política, o inimigo de hoje pode ser o amigo de amanhã, e vice-versa.
A crise política que atingiu o país, considerada uma das mais graves da História, com suas ramificações, tem ocupado tanto o espaço do noticiário e de nossa atenção que não vem permitindo mudar de foco, dando a impressão de que aqui, no nosso terreno, tudo anda melhor, o que não é bem assim.
Se as manifestações de domingo passado, com seus 800 mil participantes, não atingiram a dimensão esperada, apesar de serem contra um governo que é rejeitado pela maioria da opinião pública, o que dizer dos 190 mil dos “protestos de apoio” a Dilma, uma contradição em termos de um ato organizado por cerca de 20 grupos mais ou menos rachados — todos defendendo a presidente, mas vários condenando sua política trabalhista e de ajuste fiscal neoliberal.
Por mais expressivas que venham a ser as manifestações pró-governo amanhã, não são elas que vão decidir a sorte da presidente nessa altura.
Um dos sinais da riqueza em dinheiro sujo é a mudança de escala de nossa corrupção endêmica, que pulou de milhões para bilhões
Bancos nunca perdem — nem quando a oferta de crédito é ampla nem quando o cenário é de crise como agora e eles continuam ganhando