O Brasil, quinta Guiana
Os mapas históricos do século XVIII espraiavam as denominações do extremo Norte do Continente, na declinação das cinco Guianas. Emoldurando as três européias, apareciam as, hoje, venezuelana e brasileira, esta do litoral do Oiapoque à Foz do Amazonas. Demoramos até hoje no responder a um desígnio antecipado pela geografia, no que fosse a nossa presença na área, de importância até agora relativa em nossa política externa. Só há a explorar aí uma profunda identidade cultural com as etnias africanas, a partir do Haiti - e em contraste com a latinidade espanhola - das Antilhas e, sobretudo, deste único Departamento francês assentado em terra firme do Novo Mundo. Mal conhecemos ainda esta Guiana, nem o foco de Caiena cujo símbolo de prestígio e modernização, inclusive, contrasta, por inteiro, com a velha imagem de uma região de banidos da pior espécie, no cativeiro da Ilha do Diabo que trancafiou, por 4 anos, o coronel Dreyfuss depois triunfalmente reabilitado de seu indigitado crime de traição à pátria.