Diálogos improváveis
Séneca foi um dileto amigo de Montaigne. Foi sem saber que seria. Amigo no campo ideal, das afinidades eletivas.
Séneca foi um dileto amigo de Montaigne. Foi sem saber que seria. Amigo no campo ideal, das afinidades eletivas.
"A pergunta mais frequente nas redes: o que você está lendo durante a pandemia? Ou então: quais livros você recomenda? As listas não param de crescer.
Cresci ouvindo histórias da Segunda Guerra. Meus pais eram da Toscana. E os anos de 1943-1944 foram os mais cruéis numa Itália devastada.
Celso Furtado é um dos grandes intérpretes do Brasil.
Como todos os meninos, fui também um caçador de heróis. A leitura das Vidas paralelas de Plutarco, largo manancial de coragem e ousadia, ordenou parte desse imaginário caçador.
“A insônia me devolve o mistério da noite. Ouço uma orquestra de cães uivando para um céu pontilhado de estrelas: tantas e tamanhas, que o plenilúnio ordena, como pode e distribui.
Parte de minha juventude floresceu nesta pequena praia de Niterói. Em tupi-guarani, Itacoatiara significa pedra riscada.
“Passo os dias em Itacoatiara, pequena praia de Niterói. Cercado de livros e pássaros, meu mundo agora é o jardim.
O espírito de Leonardo não perdeu um milímetro de sua juventude. Coincide com o sorriso de Mona Lisa, intenso e tangível, radiante e fugidio. Inovador. Leonardo institui uma abordagem ampla e integral do saber, sem fratura ou cicatriz, livre de importunas fronteiras e clivagens.
Agradam-me as memórias híbridas de Ubiratan D’Ambrósio. Não havendo narrador onisciente ou, no caso das memórias, editor/revisor, inclinado à ficção da matéria rediviva, despontam várias formas de entrar e sair.
O ano de 2019 semeou não pequenas surpresas. Diria ter sido aquela montanha russa do antigo parque de diversões.
A propósito da entrega, pela Faculdade Zumbi dos Palmares, da foto de Machado de Assis negro, “o Machado real”, ao presidente da Academia Brasileira de Letras (ABL), Marco Lucchesi, que foi tema de reportagem do “The New York Times” e de diversos jornais na América Latina, travou-se, em reunião plenária recente, uma bela discussão sobre a presença do negro na ABL.
O meu afeto e admiração por Tarcísio Padilha não conhecem limites. Fiquei fascinado quando me deparei, já se vão muitos anos, com a tese original que dedicou a Louis Lavelle.
Escrevo, hoje, em primeira pessoa, apenas e tão somente, na qualidade de professor titular da UFRJ. Não falo senão por mim mesmo, com as cordas vocais que me constituem.