Difícil investigação
Cada vez que sai uma homenagem aos 60 anos de literatura deste vivente, confesso, leitores, que me sinto tão perto do chão, que – e ainda bem – posso ser plantado.
Cada vez que sai uma homenagem aos 60 anos de literatura deste vivente, confesso, leitores, que me sinto tão perto do chão, que – e ainda bem – posso ser plantado.
Pediu-me o nobre editor da Life uma antologia com sessenta poemas, comemorando o meu aniversário de criação literária.
Completei, dia 17 de julho de 2020, 60 anos de literatura.
Com o coronavírus, os que estão sob risco, a partir dos sessenta, devem tomar cuidados especiais, não só pela fragilidade da saúde, entre asma, diabetes, para que este invisível ciclone não os carregue para o outro lado, a morte.
Estamos num tempo cansado, tempo que não sabe mais o que fazer de si, como não sabemos mais o que fazer ou esperar da Justiça. Outro dia, houve o julgamento de um habeas corpus de um ex-presidente.
"Além das noçoes do malfeito a benfeito, existe uma ravina. Encontro você lá", escreveu o poeta Jelaluddin Rumi, no século XIII, como epígrafe do admirável "Silêncio das Montanhas", de Khaleb Hosseini.
O especialista Carlos Quesada, diretor dos Direitos Humanos, de Washington, afirma que “o debate racial nos Estados Unidos piorou. E há uma preocupação excessiva no assunto”. E as supremacias brancas recorrem a testes de DNA para determinar “pureza”.
Reinventamos tantas coisas, porque a imaginação ama a vida e a vida ama a imaginação. Com a longevidade e o progresso da ciência, adiamos a morte no possível.
Deu-me uma volta nas ideias - se as ideias podem dar voltas - e sugeri a uma agremiação o nome de Letícia, a Nuvem, para disputar próxima eleição à Presidência, por seus princípios éticos e ardoroso amor ao povo.
A vida é mais de perdas, do que ganhos. Somem-se os amigos e cuidados no vão dos anos, no vão dos vocábulos e no que nem se sabe.
Frederich Nietzsche observa, com costumeira razão: “Sob cada pensamento se oculta uma paixão”. E ele se alonga: “Nossas paixões são a vegetação que cobre a rocha nua das ações”.
Por uma das coisas que somente se toma conhecimento mais tarde, sou descendente do rabino Israel Najara, também poeta, constante do "Dcionário dos Sefarditas".
“Há que chorar sobre a cidade de Vitória ou deixar que a lembrança de sua beleza e generosidade chore em nós”, observou a Nuvem.