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Artigos

  • As Religiões e o Estado

    O Globo, em 22/06/2011

    Há que defender em toda a sua extensão a liberdade religiosa. E não apenas pelo viés do esmaecido discurso do politicamente correto, que não passa, muitas vezes, em lábios extremistas, de mal disfarçada intolerância. Vivemos num regime democrático que deve assegurar a liberdade de todas as expressões. 

  • Maquiavel e o Código

    O Globo, em 25/05/2011

    A história da recepção do pensamento político de Maquiavel perfaz uma teia complexa de livros, congressos e debates. Há quem se especialize na recepção da leitura de Maquiavel no século XIX, na aurora da revolução russa ou no crepúsculo da era fascista da Itália. Se pensamos no Brasil, sobretudo com "O príncipe", Maquiavel tem domicílio incerto, na estante da esquerda e da direita, de ateus e religiosos, monarquistas e republicanos. 

  • Futuro do Passado

    O Globo, em 27/04/2011

    Uma bela notícia do Senado Federal. Três, das quatro comissões que trabalham no projeto de lei PLC 41/10, aprovaram as normas de acesso geral à informação, desde os procedimentos a serem observados pelos órgãos públicos sobre o acesso da informação, ao conteúdo propriamente dito, de acordo com o grau e o prazo de sigilo. 

  • E.M. CIORAN

    O Globo, em 16/04/2011

    Uma noite fria no Café Kapşa em Bucareste. O escritor Marin Mincu desenha suas ideias para o centenário de nascimento de Cioran, com algumas cartas do filósofo nas mãos. Um copo de tsúica e Mincu insiste na matriz romena de Cioran e do diálogo deste com Ionescu e Eliade. 

  • Universidade Livre

    O Globo, em 25/03/2011

    Como são amplos os desafios que cercam a universidade pública no Brasil. E todos fascinantes, oriundos da pressão legítima, democrática e inclusiva da sociedade civil. Traduzem o projeto de um país maior, não do ponto de vista geográfico, mas a partir de um rigoroso imperativo moral. Maiores investimentos. Mais alunos. Professores. E um programa de aceleração do crescimento da pesquisa. 

  • Cultura de Paz

    O Globo, em 16/02/2011

    Passei os últimos dias visitando os sites do al-Ahram, al-Jazira, Hezbollah  e  Fraternidade Muçulmana. Um território vasto e irregular das leituras sobre a  praça Tahrir. Os ventos da mudança sopram a oriente e a ocidente do histórico vale do Nilo, considerado um livro de vastas proporções, ao longo do qual os povos antigos escreveram em suas margens.

  • Uma Ética de Tradução

    O Globo, em 21/01/2011

    A obra de Montaigne redefine a descoberta do sujeito moderno, nas grandes rupturas do século XVI. Alarga a visão do indivíduo, que nasceu no coração do cristianismo, na releitura dos clássicos. E trouxe para o centro de seu repertório a observação do eu (ou do nós, como disse Compagnon), do mesmo modo pelo qual Galileu fundamentou o método de observação e ensaio. Uma forma de universo prático, mensurável, ao mesmo tempo relativo e absoluto. 

  • Uma Guinada na Educação

    O Globo, em 12/01/2011

    Em seu discurso de posse no Congresso Nacional, a presidente Dilma Rousseff afirmou categoricamente que "só existirá ensino de qualidade se o professor e a professora forem tratados como as verdadeiras autoridades da educação, com formação continuada, remuneração adequada e sólido compromisso com a educação das crianças e jovens". 

  • Carta para Cheik Hamidou Kane

    Fundação Alexandre Gusmão, em 05/07/2010

    Meu caro amigo

    Escrevo para lhe dizer que vamos bem ao sul do Atlântico e de Deus. Algo inquietos com os desafios que se prolongam diante de nossos olhos e assaltados por uma chuva de perguntas, diante da qual não temos respostas.

  • O Poema Vésper de Eminescu

    Ouvi na Romênia um adágio que dizia “a casa que morei em criança hoje me habita”. E de pronto lembrei-me do poema de Jorge Cooper, que dizia melhor “a casa em que morei quando menino hoje em dia mora em mim”. E me pareceu de tal modo acertado que o reportei num velho livro de lembranças.

  • George Bacóvia: Uma Agenda de Tradução

    Sintonizo a rádio Bacóvia e ouço uma sonata de Mozart, movida por conflitos e dissonâncias. Como se um DJ misturasse notas, ritmos, pulverizando um larghetto numa profusão de síncopes. A poesia de Bacóvia (1881-1957) cresce justamente no vazio em que se inscreve. Não posso perder na tradução a série de staccati, reticências, mudanças de  registroi.