O futuro da ABL
A plateia de jovens emocionados que na semana passada lotou o teatro da Academia Brasileira de Letras, aplaudindo de pé Fernanda Montenegro, abriu uma brecha por onde se entrevê o futuro.
A plateia de jovens emocionados que na semana passada lotou o teatro da Academia Brasileira de Letras, aplaudindo de pé Fernanda Montenegro, abriu uma brecha por onde se entrevê o futuro.
Pela primeira vez em tantos anos, não molhei os pés no mar.
Foi-se Crivella! Aleluia! Um novo capítulo na história do Rio. Boa sorte, Eduardo.
O atual governo brasileiro mirou-se no espelho do governo Trump ainda que este só lhe devolvesse uma imagem distorcida e ridícula, como num espelho de circo.
Uma voz em off: “Aqui é o que esse autor que mandou não comprarem produtos brasileiros merece...
Mais de cem mil mortos. Como uma bomba atômica, em Hiroshima. Não são mera estatística.
A negação do avanço do desmatamento da Amazônia e o flagelo das fake news que propagam o ódio não passam impunes aos olhos do mundo. Os fatos falam por si e por múltiplas vozes.
A solidez de uma democracia não se mede pelas ameaças que ela sofre e sim pela capacidade que tem de resistir aos que atentam contra nossas vidas e liberdade.
Estamos no olho do ciclone. A maior tragédia que já atingiu nosso país está devastando uma população desgovernada, entregue ao heroísmo dos médicos e do pessoal da saúde.
Um vírus pôs a humanidade inteira em carne viva. O medo mora conosco, tomou o lugar do abraço. Um mundo imprevisível emergirá dessa tragédia, e nossa única certeza é a incerteza.
As únicas escolhas verdadeiras são as feitas diante da morte. Escondida em um vírus desconhecido, ela espalhou sua sombra macabra sobre o mundo lembrando à humanidade seu fragílimo destino comum, tragédia que nos irmana e revela o melhor e o pior de cada um.
Os fatos se impõem às ideologias. Essa é a lição da história da Ciência. A Terra gira em torno do Sol, apesar das fogueiras que queimaram hereges. A Terra é redonda e o mundo é um só ainda que o obscurantismo teime em defender fronteiras como fossos medievais e maluquices como a Terra plana.
A ministra Damares prega a abstinência sexual para combater a gravidez precoce. Ela viaja no tempo, sempre para trás, uma viagem que vai de cima da goiabeira ao mundo que ela habita, assombrado pelo pecado, culpa e repressão sexual.
Cada flor jogada na água, cada pé molhado no mar é um gesto de esperança. Senão a multidão não cobriria as areias de Copacabana sussurrando desejos a Iemanjá. Fim de ano, fim de década.