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Artigos

  • Hélio Jaguaribe

    Portal da ABL, em 13/09/2018

    Estamos aqui reunidos, nesta cerimônia de adeus, pela soma das virtudes que formaram seu espírito intrépido e generoso. 

  • Roubar de mim mesmo

    Folha de S. Paulo (RJ), em 24/05/2015

    Na segunda, jantar no Cipriani, com Cândido Mendes, Hélio Jaguaribe e senhora, bom papo, até tarde. Domingo passado, nem lembro mais, fiquei pela primeira vez atrasado com as crônicas, pois tive de terminar a duras penas o trabalho encomendado sobre JK.

  • Iberidade

    Diário de Pernambuco, em 27/10/2010

    O ensaio é um gênero literário desde Montaigne. No Brasil o ensaísmo literário une-se ao filosófico em Tobias Barreto, patrono de uma das Cadeiras da Academia Brasileira de Letras, e ao sociológico em Silvio Romero, um dos seus fundadores. Vamireh Chacon, mesmo com formação universitária de doutoramento no Brasil e na Alemanha e pós-doutoramento nos Estados Unidos, permaneceu fiel às origens ibéricas, em meio às influências germânicas da Escola do Recife na Faculdade de Direito de Pernambuco, e norte-americanas de Gilberto Freyre em Apipucos. Foi Ortega y Gasset quem começou a revelar o pensamento hispânico e o alemão à geração de Eduardo Portella, Nelson Saldanha e Vamireh Chacon, e para a anterior, a de Hélio Jaguaribe e Cândido Mendes, no Nordeste e outras partes do Brasil.

  • Segundo mandato

    Folha de São Paulo (SP), em 27/10/2006

    Salvo um imprevisto de caráter explosivo, o presidente será reeleito. O que significa um segundo mandato de Lula?

  • Duas américas

    Folha de São Paulo (SP), em 11/11/2005

    A expressão "duas Américas", do título deste artigo, comporta dois distintos sentidos. Significa, no seu sentido mais amplo, que o mesmo nome "América" abrange duas realidades, não apenas geograficamente diferentes mas, sobretudo, culturalmente diversas. Utilizar uma designação comum para as duas Américas é um artifício verbal que se destina a camuflar a profunda diferença que separa a América do Sul da do Norte, de sorte a facilitar o predomínio desta sobre aquela.

  • Decadência ou nova emergência

    A história consiste, entre outras coisas, numa seqüência de prazos. Prazos que alguns países aproveitam, e outros perdem. Assim sucedeu com o prazo que se abriu, no Renascimento, com a revolução mercantil e um primeiro impulso de modernização, que os países da Europa Ocidental souberam utilizar, e que foi perdido pelos países orientais. Assim ocorreu com a Revolução Industrial, de que a América Latina e -mais uma vez- os países orientais não souberam se valer.

  • PT: o processo que não ocorrerá

    A direção do PT declarou que o partido irá processar o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso por considerar injuriosas, caluniosas e difamatórias suas recentes afirmações a respeito da ''ética do roubo'' daquele partido. Esse propósito ainda não foi realizado, na ocasião em que escrevo este artigo e, provavelmente, nunca será efetivado. Com efeito, nada será mais insensato, por parte do PT, do que mover a ameaçada ação e, por outro lado, nada seria mais salutar, para o país, de que essa ação fosse efetivamente ajuizada. Disto deverão se dar conta os advogados do PT, o que me leva à suposição precedentemente enunciada.

  • A história é implacável com os estúpidos

    Foi muito oportuna a crise psicológica da Argentina com o Brasil, recentemente divulgada pelo “Clarín”, de Buenos Aires. Oportuna porque revelou, sem formalmente comprometer o presidente Kirchner, seu estado de espírito com relação à política externa brasileira e assim abriu para o governo brasileiro, antes de a crise psicológica se converter em política, a oportunidade de adotar as convenientes medidas corretivas.

  • Ampla e profunda reforma

    Na medida em que avançam as investigações ora em curso no Congresso e no âmbito do Executivo, vão se avolumando as indicações de que são procedentes as denúncias que vêm sendo formuladas pelo deputado Roberto Jefferson. Nada seria mais nocivo para a respeitabilidade do Brasil e do governo do que o intento de neutralizar essas investigações, como buscam fazê-lo alguns insensatos líderes governistas. É imprescindível, como oportunamente afirmou o presidente Lula, e reiterou recentemente o senador Pedro Simon, levar essas investigações às suas últimas conseqüências, doa a quem doer.

  • E agora?

    Ainda há muito a apurar nessa espantosa trama de ilicitudes e corrupção em que mergulharam o PT, seus aliados parlamentares e o governo Lula, com abundantes respingos sobre outros partidos. É imprescindível que se dê acelerada continuação aos inquéritos em curso para que se chegue a uma satisfatória conclusão a respeito de tudo o que ocorreu, com a devida responsabilização legal dos culpados e, por outro lado, para que terminem essas apurações o mais rapidamente possível, de sorte a que o país não fique, indefinidamente, por elas paralisado.

  • Do escândalo à reforma

    O escândalo correspondente ao conjunto de operações relacionadas às denúncias do deputado Roberto Jefferson, que vêm sendo progressivamente comprovadas nos vários inquéritos em curso, alcançou proporções estarrecedoras. Segundo as declarações do agente desses pagamentos, o empresário Marcos Valério, os repasses a políticos ou a seus assessores efetuados desde princípios de 2003 alcançam a cifra de R$ 55,8 bilhões e o montante arrecadado para enfrentar tais repasses supera R$ 70 bilhões.

  • Cristo, Alá e agnosticismo

    A religião é a mais antiga e fundamental dimensão da cultura humana. O homem de Neandertal, a primeira espécie de homo sapiens ocorrida no processo evolutivo, há cerca de 160 mil anos, deu indicações de religiosidade nos seus ritos de sepultamento.

  • A perda da Amazônia

    Num país como o Brasil, marcado por amplas e lamentáveis incúrias de parte do poder público, nada é comparável ao absoluto abandono a que está sujeita a Amazônia. O que está ocorrendo nessa área, que representa 59% do território, é simplesmente inacreditável.