O poder do exemplo
Gravidade do desacato à lei aumenta quando praticada por quem é alvo da admiração coletiva. Ídolo vira um modelo pernicioso.
Gravidade do desacato à lei aumenta quando praticada por quem é alvo da admiração coletiva. Ídolo vira um modelo pernicioso.
A lei tem de ser igual para Lula e Temer, Cunha e Renan, Aécio e Cabral, Maluf, Jucá e Geddel, e quem mais chegar.
Quem está acostumado a ler romance e conto não cai tão fácil em conto do vigário. Ou conto de político.
Estão morrendo entre nós, de morte violenta, mais crianças do que todas as vítimas desse Massacre dos Inocentes.
A isenção fiscal para igrejas resulta em bancadas religiosas retrógradas que esgrimem argumentos autoritários.
Talvez o capital alocado em empresas, bancos públicos e estatais possa ser melhor empregado após algumas privatizações.
Temos de distribuir entre todos nós as responsabilidades de achar o caminho e poder sair deste atoleiro.
Às vezes, nos grandes centros, a gente perde a noção de quanto o Brasil profundo é capaz de fazer, a nos dar alento e vigor.
Entre mortos, banidos, torturados, passamos em revista sucessivas séries escolares. De início, com eventual nó na garganta.
Deputado quer que rádios públicas sejam obrigadas a tocar músicas religiosas, sob pena de suspensão. Com que legitimidade?.
Pares de Geddel lhe deram valor: foi líder do seu partido no Congresso, três vezes reconduzido como chefão.
Não foi só o PT que deixou órfãos seus seguidores bem intencionados. O PSDB errou, sim, e muito. E não apenas agora.
Há poucos dias, no Teatro Municipal de Niterói, assisti a uma alentadora cerimônia de entrega dos prêmios Zilka Salaberry de Teatro Infantil. Um caso de resistência cultural. Incluía ainda bela homenagem ao centenário de Dalva de Oliveira.
E os partidos que se alastram feito mofo? Como vão ser controlados? Haverá cláusula de desempenho? De que tipo?
Precisamos pensar em saídas. E o ideal seria conseguirmos pensar juntos, buscando um entendimento nacional.