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Artigos

  • O massacre

    Folha de S. Paulo (RJ), em 16/12/2012

    Quando a porta do Château de Sully se abriu e o comissário de bordo autorizou a descida dos passageiros, JK viu, ao pé da escada, um oficial da Aeronáutica grudado ao último degrau.

  • A grande espera

    Folha de S. Paulo (RJ), em 11/12/2012

    Não sei se é verdade, mas, pouco antes de morrer, Arthur C. Clarke, autor de "2001 - Uma Odisseia no Espaço", que trabalhou com Stanley Kubrick para fazer o filme homônimo, disse que toda a ficção científica, inclusive a que ele fabricou com o HAL 9.000, que já tinha sentimentos e reações humanas-, seria um carro de boi comparado a uma Ferrari de última geração.

  • Homem é homem

    Folha de S. Paulo, em 30/11/2012

    Eugênio Hirsch, nascido na Áustria, mas vivido na Argentina e, mais tarde, no Brasil, era um artista gráfico de prestígio mundial, responsável pelos catálogos de alguns dos museus mais importantes da Europa e capista de grandes editoras internacionais.

  • Bocas de fumo

    Folha de S. Paulo, em 27/11/2012

    Durante os anos da ditadura, e depois de seis prisões em dependências militares, continuei trabalhando na imprensa, mas sem poder escrever sobre os temas que haviam me levado para as diversas celas que frequentei naqueles anos.

  • Nomes

    Folha de S. Paulo, em 20/11/2012

    Sou pessimista, adoto o lema que de hora em hora Deus piora. Isso vale para tudo, para mim e para o resto, quer dizer, o mundo, a galáxia e o trânsito do Leblon que será bagunçado pelas obras do metrô. Mas leio com atenção os comentários sobre o julgamento de mensalão, cujo resultado, segundo os entendidos, inaugura nova fase de nossa vida pública.

  • O rei e o povo

    Folha de S. Paulo, em 13/11/2012

    Alienação é isso aí. Coerente com a minha incoerência, não tomei conhecimento da recente eleição presidencial nos Estados Unidos. Não torci por ninguém nem me alegrei com a vitória de um dos candidatos, que me parece ter sido do agrado da mídia nacional.

  • Esqueletos no armário

    Folha de S. Paulo, em 11/11/2012

    Durante anos, habituamo-nos a admirar o PT em suas lutas pela justiça social e pela moralidade administrativa. Entre as suas especialidades, uma das mais notáveis era a de descobrir esqueletos em armários alheios.

  • Praga, segunda vez

    Folha de S. Paulo, em 09/11/2012

    Depois de 25 anos, estou de volta à velha Boêmia, primeiro contato que tive com o mundo socialista nos anos 1960. Era inverno, muita neve, 13 graus abaixo de zero, pegaria tempo pior em Moscou e Murmansk, a caminho de Havana.

  • O lorde e o mordomo

    Folha de S. Paulo, em 06/11/2012

    Creio já ter contado por aí, em livro ou em crônica, a história do lorde inglês e seu mordomo, que devia se chamar James, como todo mordomo que se preze. Os dois estavam diante do janelão, olhando a paisagem da verde e querida Inglaterra, quando James, hierático, ao lado da cadeira de rodas onde ficava seu amo e senhor, disse para dizer alguma coisa: "Acho que teremos chuva, my lord".

  • O lobo e o cordeiro

    Folha de S. Paulo, em 30/10/2012

    Aos 11 anos, obrigaram-me a decorar uma fábula de Esopo, reescrita em latim por Fedro. Até hoje a sei de cor: "Ad rivum eundem lupus et agnus...". O lobo e o cordeiro vieram ao mesmo rio. O lobo quis comer o cordeiro que estava sujando a água que pretendia beber.

  • Dosimetria

    Folha de S. Paulo, em 28/10/2012

    Confesso que, por isso ou aquilo, por preguiça mental ou por genérica ignorância, nunca havia me deparado com a palavra "dosimetria". Salvou-me não o Rhum Creosotado, mas os debates no STF da ação penal 470, que a plebe rude prefere chamar de mensalão. Desconfiei o que era e fui ao "Aurélio" confirmar. Resumindo, trata-se do cálculo da pena prevista nos códigos específicos para um condenado pela Justiça.

  • Os 80 anos de Portella

    Folha de S. Paulo, em 16/10/2012

    "'Não sou ministro. Estou ministro.' A frase, pronunciada pelo então ministro da Educação, em sua simplicidade radical ficou sendo uma das melhores expressões do velhíssimo problema que tenta definir a relação do intelectual com o poder. Pronunciou-a, em causa própria, Eduardo Portella, que aceitara o cargo num momento em que a morte da ditadura e a abertura política eram consideradas iminentes.

  • Projeto de Poder

    Folha de S. Paulo, em 14/10/2012

    Depois do golpe de 1964, os generais eram candidatos compulsórios a ocupar a Presidência da República, que passou a ser o cargo máximo da carreira. Na hora da sucessão, a briga era decidida pelo maior número de tropas, tanques, canhões e demais apetrechos da caserna.

  • Não sabiam de nada

    Folha de S. Paulo, em 12/10/2012

    Leigo e bota leigo nisso em matéria de política e direito, volto a comentar, a meu modo e circunstância, o julgamento do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal. Sem condições para analisar o mérito de um dos casos mais complicados do nosso tempo, vou limitar-me a algumas considerações praticamente marginais ao processo em si.