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Artigos

  • Ensaio geral

    Folha de São Paulo (RJ), em 17/11/2015

    Antes de cada partida, ainda nos vestiários, os jogadores fazem o aquecimento individual ou coletivo, preparam músculos, tendões e reflexos para a luta. Um jogo como Fla x Flu ou Corinthians x Santos é comumente comparado com uma guerra. Isso sem falar no boxe, onde o aquecimento é mais radical.

  • O Lava Democracia

    Folha de São Paulo (RJ), em 15/11/2015

    No rastro dos escândalos da Lava Jato, foi revelado que um ex-deputado teria recebido o auxílio de US$ 120 mil para a sua campanha eleitoral. Através de gravações telefônicas, troca de e-mails, ficou clara a mecânica dessas contribuições. 

  • Salada racial

    Folha de São Paulo (RJ), em 10/11/2015

    Nos anos 80, o IBGE quis suprimir o quesito relativo à cor do brasileiro. À primeira vista, pareceu uma atitude bacana: somos um país sem discriminação racial, existe até a Lei Afonso Arinos que pune como crime qualquer distinção entre pessoas com base na cor da pele.

  • O parafuso assassino

    Folha de São Paulo (RJ), em 03/11/2015

     Os entendidos garantem que o avião é o meio mais seguro de transporte. Mesmo assim, tenho medo maior dos aeroportos do que dos aviões. Alguns deles são imensos shoppings onde há aviões à espera dos fregueses, como os táxis. Que geralmente não são seguros. Sempre que posso, vejo um programa na tevê sobre desastres aéreos. A cada acidente, com ou sem mortos, leio tudo nos jornais e revistas, incluindo os telejornais.

  • Esquina errada

    Folha de São Paulo (RJ), em 01/11/2015

    Acontece com qualquer um: de repente, dobra-se uma esquina errada e nunca chegamos ao destino desejado. Quando se aproxima o fim da jornada, quando o homem faz seu balanço interior, contabilizando lucros e perdas, ele fatalmente se faz a pergunta: onde e quando dobrei a esquina errada?

  • Vilões e megeras

    Folha de São Paulo (RJ), em 27/10/2015

    Novela sem megera e mídia sem vilão deixam de ser novela e mídia. O sucesso da primeira depende de uma boa megera, intrigante, sem qualquer escrúpulo, capaz de todas as misérias humanas, de inventar que o filho não é do pai e que sua nora é adúltera. A mídia, em geral e com a certeza de que precisa de uma bola da vez, tem necessidade da fabricar um tratante, um ladrão dos bens públicos, um traidor e inimigo da sociedade.

  • O Diabo e o poder

    Folha de São Paulo (RJ), em 25/10/2015

    Quando Franco Zefirelli esteve no Rio, fiquei encarregado de lhe dar assistência. Conversamos bastante, conversas que poderíamos jogar fora. Mas houve um dia em que ele me impressionou.

  • O tempo e a crônica

    Folha de São Paulo (RJ), em 20/10/2015

    Recebo e-mails de leitores sempre que, usando este espaço dedicado à opinião, fujo da linha editorial e não dou opinião nenhuma, a não ser sobre mim mesmo ou sobrem temas que só a mim interessam. 

  • A arte do medo

    Folha de São Paulo (RJ), em 13/10/2015

    Ao contrário de muitos, nunca havia sido assaltado. Volta e meia presenciava uma briga, algumas cadeiradas dentro daqueles botequins sórdidos. Mas o seu grande pavor era a navalha –o aço brilhando no escuro, repentino e fatal, a caminho de uma carótida que podia ser a sua.

  • Seleção sem craques

    Folha de São Paulo (RJ), em 11/10/2015

    Não sei se estou certo, geralmente não estou. O Brasil tem uma população de 200 milhões de habitantes –ou algo parecido. O lugar comum garante que somos 200 milhões de técnicos de futebol, cada patrício tem a sua seleção e sua maneira de jogar.

  • Obscenidade

    Folha de São Paulo (RJ), em 06/10/2015

    Num dia qualquer de 1964, o poeta Manuel Bandeira passou de ônibus diante do prédio em que morava o ex-presidente Café Filho. Na realidade, era o vice de Vargas, que se suicidara na véspera. Alegando uma crise cardíaca, Café se internara num hospital e assim ficara livre de não participar daqueles dias tumultuados que levariam ao suicídio do presidente em exercício.

  • Lula e Ronaldinho Gaúcho

    Folha de São Paulo (RJ), em 04/10/2015

    São dois assuntos diferentes, que parecem conflitantes, mas no fundo se entrelaçam, formando um só problema. Tanto a reforma ministerial, prometida e em andamento, como a escalação da próxima seleção nacional, que depois dos 7 a 1, ameaça ser um revival do Titanic, saído dos destroços no fundo do mar para tentar novamente flutuar e chegar a algum lugar. No Brasil há duas coisas importantes: a Presidência da República e a seleção de futebol. O resto é segundo escalão.

  • O preço do apoio

    Folha de São Paulo (RJ), em 29/09/2015

    Já ultrapassamos a metade do ano de 2015 e parte do segundo mandato de Dona Dilma. Não se precisa de esforço algum para saber como vão as coisas. Basta uma leitura dos jornais, ouvir os noticiários da TV e acompanhar esporadicamente os debates do Senado e da Câmara.

  • Oriente x Ocidente

    Folha de São Paulo (RJ), em 22/09/2015

    O assunto é guerra. Alguma coisa está para acontecer, as coordenadas estão aí, prontas, esperando apenas a fagulha que pode ser casual ou proposital. Os países ocidentais, principalmente os chamados países em desenvolvimento (como o Brasil), jamais terão vez na atual distribuição de mercados e centros de poder.