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Artigos

  • A educação do Brasil em 2016: os mesmos erros?

    Não se trata de exercício de adivinhação. Nem de data aleatória. Penso no Brasil das Olimpíadas de 2016, ou seja, daqui a facilmente previsíveis seis ou sete anos. Por exemplo: ainda teremos 14 milhões de analfabetos puros? O vestibular ficará na saudade? E os salários dos professores estarão próximos de uma remuneração decente?

  • O fim da gramática

    Não faço parte do grupo que critica violentamente o Enem. Considero uma boa iniciativa, sujeita a aperfeiçoamentos queestão sendo providenciados pelo MEC, para este ano. Fazer as provas em duas etapas (em semestres distintos) já protege o exame do seu gigantismo, que torna quase impraticável a sua implementação. Vejam o que aconteceu: 38% dos inscritos não compareceram, dando um enorme prejuízo ao erário, pois as provas foram impressas e havia locais e professores para a eventualidade de uma presença integral. Quem paga pela imprevidência?

  • O voo do infinito

    Aprendi desde cedo que para Deus não há coincidência. Quando conheci, há mais de 10 anos, o General de Divisão José Carlos Albano do Amarante, então Reitor do Instituto Militar de Engenharia, com ele me identifiquei pela preocupação comum com a visão humanística dos seus alunos. Segundo deixou claro, na conversa que tivemos no prédio da Praia Vermelha, a modernização do ensino pressupunha o enriquecimento cultural dos alunos, para a formação de engenheiros da Idade Tecnológica, com base politécnica e visão holística.

  • Dois milhões fora da escola

    No Centro de Integração Empresa-Escola, que tem mais de 45 anos de experiência na realização de estágios, sente-se como é frágil a estrutura oficial dos cursos de ensino médio, exceção feita para o que acontece nas escolas técnicas federais, que merecem todo o nosso respeito.

  • Sempre o Enem

    Não faço parte do grupo que critica violentamente o Enem. Considero uma boa iniciativa, sujeita a aperfeiçoamentos que estão sendo providenciados pelo MEC, para o ano próximo. Fazer as provas em duas etapas (em semestres distintos) já protege o exame do seu gigantismo, que torna quase impraticável a sua implementação. Vejam o que aconteceu: 38% dos inscritos não compareceram, dando um enorme prejuízo ao erário, pois as provas foram impressas e havia locais e professores para a eventualidade de uma presença integral. Quem paga pela imprevidência?

  • A Educação entrou numa fria

    Segundo relato de historiadores como Pero Vaz de Caminha (o da carta), ao chegar ao Brasil, em 1500, o comandante Pedro Álvares Cabral, natural de Belmonte, Portugal, não se assustou muito com a nudez dos índios que frequentavam a praia (“nada cobria suas vergonhas”). Apesar de uma brisa constante, fazia calor pra valer. Os portugueses suavam em bicas e passaram a invejar a beleza dos naturais e a sua sem-cerimônia.

  • As novas profissões

    No quadro da realidade brasileira, é preciso examinar o conjunto de problemas que afetam a nossa juventude. Na faixa etária dos 16 aos 20 anos, por exemplo, o Ipea demonstrou que o desemprego triplicou, no período de 1987 a 2007. A ilusão do emprego a qualquer custo levou muitos jovens a abandonarem precocemente a escola. Na faixa etária de 18 a 24 anos, somente 13% chegaram às universidades. Isso é muito pouco.

  • Coelho neto e a modernidade

    O poeta Lêdo Ivo, um dos grandes sonetistas brasileiros, considera que há modernidade, na obra de Coelho Neto (1864-1934). E pede que escreva sobre aquele que foi eleito pela revista Malho, Príncipe dos Prosadores Brasileiros, em concurso público, realizado no ano de 1928. Fez par com Olavo Bilac, o Príncipe dos Poetas Brasileiros.

  • Um turbilhão de livros

    Na Fundação Casa de Rui Barbosa, no Rio, é possível encontrar originais de Coelho Neto, como o autógrafo rimado de Pastoral, em que afirma: “Sombra do que foi grande, especto d’um fastígio/ Em que perdeu o esplendor e perdeu o prestígio... Como é doce viver quando o campo floresce/ Toda a mágua se esvai, a mesma dor se esquece.”

  • O brasileiro Rui Barbosa

    Não foi fácil para o jornalista e acadêmico Murilo Melo Filho, com toda a sua experiência, escrever obra original sobre um dos nossos mitos, Rui Barbosa. Levou quase 10 anos acumulando informações, reproduzindo textos saborosos, avançando e refletindo sobre a vida desse que foi, pela sua cultura e inteligência, “a águia de Haia”. Murilo ia guardando as jóias do pensamento de Rui, quase secretamente, até que a ousadia de um amigo falou mais alto: não resistiu ao apelo do paraibano Nelson Coelho, bom farejador de textos, que o queria para os trabalhos literários da Editora A União. Nasceu assim “O brasileiro Rui Barbosa”, livro precioso, lançado com grande sucesso, em João Pessoa, na Casa José Américo.

  • A Suécia é um grande exemplo

    Na rua, um frio de seis graus negativos. A neve, caindo sem parar, ensejava um belo espetáculo para os nossos olhos acostumados à luz dos trópicos. Em companhia dos escritores pernambucanos Antônio Campos e Gilberto Freyre Neto, escolhemos uma quarta-feira de março para visitar a Academia Sueca, onde fomos gentilmente recebidos pelo seu diretor geral, Odd Zschiedrich.

  • Cem anos de ensino industrial

    Uma visita ao Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) do Rio de Janeiro, que hoje abriga cerca de 10 mil estudantes de ensino profissional, coloca para nós a matéria na ordem do dia. Será mesmo esse o caminho para a valorização dessa importante usina de fornecimento de recursos humanos para o nível intermediário? A primeira impressão é altamente positiva, pois os estudantes da escola do Maracanã são unânimes em afirmar a qualidade do que lá é ensinado e aprendido.

  • Como será o ano 2000?

    Quem me recorda o fato é o amigo Cid Heráclito de Queiroz, exemplar homem público, que hoje empresta o brilho da sua inteligência à Confederação Nacional do Comércio, Bens, Serviços e Turismo. Ele chama a minha atenção para uma antiga revista Manchete, de 30 de janeiro de 1982, em que foi feita, por inspiração do jornalista Justino Martins, matéria sobre “Como será o ano 2000”. O próprio Justino, na abertura da revista, sugere: “Guardem a revista, para depois conferir.”

  • Nasce uma estrela

    Pena que o escritor Artur da Távola (Paulo Alberto Monteiro de Barros) não esteja mais entre nós. Há 30 anos, mostrei-lhe os originais (eram 15 capítulos) que uma jovem de 11 anos havia elaborado, de forma silenciosa, quase escondida. Sempre gentil, como era da sua natureza, o cronista leu tudo carinhosamente. Ao cabo de duas semanas, estivemos juntos. Lembro suas palavras: "Não há dúvida. Trata-se de uma escritora. O futuro dirá."

  • O que ainda falta é educação profissional

    No encontro nacional dos Centros de Integração Empresa-Escola (CIEEs), em Florianópolis, discutiu-se a atualidade da educação brasileira, sobretudo o aspecto que se refere ao ensino profissional. Há elementos positivos a comemorar. Um deles é o crescimento do número de escolas técnicas, mas há muita coisa ainda por fazer, como a implantação do sistema federal, que não apresenta a necessária capilaridade. As discrepâncias são grandes, considerando os estados mais e menos desenvolvidos. Faltam professores bem formados e equipamentos especializados, nesta época em que o desenvolvimento científico e tecnológico cresce minuto a minuto (vejam o exemplo da informática).