Aparência de normalidade
Quando era deputado federal, eleito por um nicho de eleitores essencialmente militares, Jair Bolsonaro não valia uma nota de três reais na vida pública. Ninguém ligou quando elogiou o torturador coronel Brilhante Ustra, nem quando disse que a deputada petista Maria do Rosário não merecia ser estuprada por ser muito feia. Ao contrário, alguns parlamentares diziam que ele era muito afável no trato pessoal e que aquela radicalização era apenas uma maneira de chamar atenção sobre si para garantir os votos do eleitorado cativo.