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Artigos

  • Moscou ou Moscovo? - Conclusão

    O Dia (RJ), em 30/10/2011

    No já citado capítulo 'Nomes próprios geográficos', inserido nas  Dificuldades da Língua Portuguesa, mestre Said Ali, na qualidade de linguista  e de professor de geografia, defende a tese de que só as curruptelas e aportuguesamentos que se insinuaram na língua e nela se implantaram e ainda hoje persistem consagrados pelo uso geral  é que  lograrão viver para o futuro.

  • Moscou ou Moscovo?(II)

    O Dia (RJ), em 23/10/2011

    Da leitura atenta do texto de Gonçalves Viana citado na coluna anterior extraem-se quatro princípios que, segundo ele, norteiam ou devem nortear a adoção dos termos geográficos no português: a) a equivalência das unidades léxicas, isto é, tais termos estão no mesmo nível de importância daqueles que se denominam palavras essenciais; b) a necessidade de buscar a adoção de termos que se identifiquem fonética e morfologicamente com as características linguísticas do português; c) a conveniência de restaurar aquelas formas empregadas "pelos escritores do período áureo da nossa literatura"; d) a oportunidade de modificar "as feições ortográficas que sejam evidentemente reconhecidas como arcaicas ou errôneas".

  • Moscou ou Moscovo?(I)

    O Dia (RJ), em 16/10/2011

    Desde logo informo aos meus leitores que o propósito destas linhas não é dar uma resposta à questão proposta acima, porém , tão somente discutir alguns pontos em torno da necessária unidade numa seção do léxico português compreendida pelos nomes próprios geográficos e por nomenclaturas científicas e técnicas, preocupação agora retomada pelo  novo Acordo.  Informo também sobre uma distinção àqueles leitores que sempre veem com má vontade esses esforços de unificação  de certos aspectos possíveis da língua que falamos e  escrevemos, indivíduos que fecham os olhos à consciência da maioria dos falantes de que usamos, na essência, de um só idioma.Discutir se vale a pena unificar o nome da cidade russa—se Moscou, como ocorre no Brasil, ou se Moscovo, como se dizem Portugal—não é o mesmo que discutir se devemos eleger um dos dois: ou o  ‘trem’ brasileiro ou o‘comboio’ português ou, ainda, na mesma linha dos veículos, se o ‘ônibus’ ou o ‘autocarro’.  

  • Emprego especial da preposição 'A'

    O Dia (RJ), em 26/12/2010

    Uma leitora  nos pergunta sobre empregos especiais da preposição 'a' junto a complemento de verbos que normalmente dispensam a preposição. Por que ela aparece em construções com os verbos transitivos diretos *louvar' 'adorar'e 'buscar'. 

  • Acordo ortográfico e volp (2)

    O Dia ( RJ), em 28/11/2010

    A pergunta de que trataremos é sobre a Base V, item 25, "e", quando o novo Acordo Ortográfico registra a possibilidade de alguns verbos terminados em -iar (negociar e premiar) admitirem a dupla conjugação negocio/negoceio, premio/premeio, isto é, embora em -iar, seguem o modelo dos verbos em -ear, por exemplo frear (freio), passear (passeio). Em Portugal, formas como "negoceio" e "premeio" são mais frequentes do que no Brasil, mas ambas existem em todo o domínio da língua portuguesa.

  • Novo Acordo Ortográfico e o Volp

    O Dia (RJ), em 21/11/2010

    Leitora assídua desta coluna nos envia algumas indagações sobre o novo Acordo Ortográfico e os registros que dele faz o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP) na sua 5ª edição, saída no início de 2009.   Em primeiro lugar, pergunta a razão pela qual se manteve o acento diferencial no infinitivo "pôr" e se extinguiu em "para" (do verbo parar), já que a justificativa teórica seria a mesma Os redatores do texto do Acordo nada nos informam a respeito. Mas acreditamos que vamos encontrar a explicação na tendência que presidira o Acordo de diminuir no máximo a necessidade de acentuar graficamente os vocábulos de nossa língua, com especial atenção para os diferenciais, uma vez que o contexto,com maior ou menor facilidade, estaria apto para solucionar casos de possível ambiguidade.

  • Um desconhecido Alencar

    O Dia (RJ), em 14/11/2010

    Alencar ao que nos parece depois de uma pesquisa nos dicionários e repertórios lexicográficos brasileiros e portugueses, não é vocábulo documentado. Temos registrado o verbo "alancar" no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa e no seu equivalente português da Porto Editora, além de documentado no "Morais" 10ª ed., com exemplo extraído de romance de Aquilino Ribeiro, dado como provincianismo português. Pela constante troca da nasal "an"por"en", a variante "alencão", por "alancão", aparece no "Glossário Sucinto", de Elviro da Rocha Gomes, levantado no mesmo Aquüino, com o significado de "puxão"."Alancar" que significa, entre outras acepções,"derreár'; "curvar com o peso de carga ou esforço" é de origem desconhecida e está longe de relacionar-se com o "alencar" que aparece nos textos do Superior Tribunal de Justiça, do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo e do Ministério da Educação, em contextos do tipo: "os artigos alencados na Lei", "Deve-se apresentar os documentos alencados no artigo (...)".

  • Renovação da Língua (2)

    O Dia (RJ), em 10/10/2010

    Os termos e locuções de fontes estrangeiras eram trazidos por pessoas que sabiam os idiomas, ou que tinham sobre eles alguma informação de pronúncia e grafia; por isso, se vestiam com as feições originárias. Admitidos na linguagem diária, muitos desses estrangeirismos mais usados podiam ser acomodados à pronúncia e grafia do português, que os recebia; aportuguesavam-se, apesar da crítica de juízes mais exigentes.

  • Caminhos abertos pela crítica textual

    Jornal do Brasil (Rio de Janeiro), em 28/06/2006

    Quando alguém se dispõe a ler um texto – literário ou não – está longe de imaginar o quanto de armadilhas ele encerra no processo que vai da fase de elaboração do autor, passando pelo editor, pelo preparador de texto, pelo revisor e compositor até chegar às mãos de quem vai lê-lo, na convicta esperança de que o que tem na mão reflete a vontade real e final do autor.

  • Vinte brasileiros em um tempo diferente

    Jornal do Brasil (Rio de Janeiro), em 26/10/2005

    Ele é o olho do repórter e do jornalista nesta nossa ABL: invariavelmente, aproveita o espaço do expediente das sessões plenárias para dar-nos notícia de um livro publicado, que encaminha à nossa Biblioteca; para comunicar-nos a conferência pronunciada por um confrade, com pedido de inserção nos anais; ou para informar-nos do prêmio concedido a um colega em júri nacional ou estrangeiro.

  • O idioma português como o patrimônio

    Jornal do Brasil (Rio de Janeiro), em 31/08/2005

    Nas preocupações da Academia Brasileira de Letras avultam as questões relativas à cultura e à educação do povo e, aí, ganha relevo maior uma competente e bem orientada política da língua portuguesa como fundamento e instrumento da cultura nacional. Se cabem às instituições de ensino o estudo, a pesquisa e a investigação da língua portuguesa em toda a sua dimensão histórica, caberá fundamentalmente à ABL a promoção dos meios e providências necessárias ao cultivo e florescimento da língua escrita padrão ou exemplar, como a entendemos, para efetivar os objetivos traçados pelos fundadores da Casa de Machado de Assis e que estão consagrados, como cláusulas pétreas, no artigo 1º dos nossos estatutos.

  • Educação linguística às avessas

    Jornal do Brasil (Rio de Janeiro), em 16/02/2005

    Não sei se o prezado leitor acompanhou recente noticiário televisivo pelo qual se anunciava que autoridades de ensino de determinada região dos Estados Unidos, tendo chegado à conclusão de que a deficiência escolar patente nos alunos negros se devia à sua insuficiência de conhecimento do inglês standard - tanto na gramática quanto no léxico -, resolveram ensinar e admitir nas escolas a modalidade de inglês que acredito seja o que lá se conhece, entre especialistas, por black english vernacular. Digo acredito, porque essas notícias culturais passam diante do telespectador como gato por brasas; dá-se preferência a assuntos gerais da política, dos esportes e da vida em sociedade, principalmente fofocas e escândalos do grand monde. Mas o noticiário registrou também o repúdio das pessoas entrevistadas sobre o que pensavam da medida; e a reação maior, com muita justiça, partiu dos pretos, alegando que eram pessoas normais, que queriam aprender o inglês padrão e que tinham os dotes intelectuais e culturais para consegui-lo, do que, aliás, dão prova vários segmentos da sociedade norte-americana, em todos os ramos das artes, das ciências e dos esportes.

  • Língua portuguesa, uma disciplina fora de moda

    Jornal do Brasil (Rio de Janeiro), em 24/11/2004

    Nas preocupações da Academia Brasileira de Letras, avultam as questões relativas à cultura e à educação do povo e, aí, ganha relevo maior uma competente e bem orientada política da língua portuguesa como fundamento e instrumento da cultura nacional.

  • Língua portuguesa: a filologia de um pioneiro

    Jornal do Brasil (Rio de Janeiro - RJ), em 28/04/2004

    A nova coleção da Academia Brasileira de Letras, intitulada Antônio de Morais Silva, destina-se a publicar trabalhos sobre Língua Portuguesa, especialmente na modalidade escrita e na variedade culta ou padrão brasileira, sem desprezar as áreas conexas que os atos lingüísticos envolvem.