Oitavo ocupante de cadeira 37, eleito em 9 de março de 2017, na sucessão de Ferreira Gullar e recebido em 11 de agosto de 2017 pelo Acadêmico Alberto da Costa e Silva.
Arno Wehling nasceu em 1947 na cidade do Rio de Janeiro, filho de Eugen Horst Theodor Wehling, e de Helena Wehling, naturais de Düsseldorf e Florianópolis, respectivamente. É casado com a professora e historiadora Maria José Cavalleiro de Macedo Wehling, nascida em Belém do Pará, com quem publicou trabalhos e realiza pesquisas.
Graduou-se em História pela Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil e em Direito pela Universidade Santa Úrsula, tendo doutorado em História e Livre Docência em História Ibérica, ambos pela Universidade de São Paulo (USP), e pós-doutorado pela Universidade do Porto.
Toda sua atuação profissional centrou-se na Universidade, onde exerceu a docênca, pesquisa e gestão. Tornou-se Professor Titular de Teoria e Metodologia da História da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e de História do Direito e das Instituições da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), desta sendo Professor Emérito.
Como docente e pesquisador atuou na implantação e desenvolvimento dos Programas de Pós-Graduação em História da UFRJ e da UNIRIO e dos Cursos de Graduação em Arquivologia, Pedagogia, Direito e História da última. Foi também docente nos Programas de Pós-Graduação em Direito e Filosofia da UFRJ e em Direito das Universidades Gama Filho e Veiga de Almeida, onde atualmente leciona. Professor visitante das Universidades de Lisboa (Clássica) e Portucalense. Na gestão universitária foi Chefe de Departamento e Decano do Centro de Ciências Humanas da UNIRIO e Chefe de Departamento, Decano e Reitor da UGF.
Sua atividade intelectual como historiador e ensaísta desenvolve-se preferencialmente nos campos da epistemologia das ciências humanas/história, da história das ideias políticas e jurídicas e da história do direito/instituições.
No primeiro enfoque possui trabalhos sobre as relações entre a filosofia da ciência e o conhecimento histórico, o historicismo, o problema da objetividade histórica, o humanismo renascentista e sobre aspectos epistemológicos relacionados à história nas obras de Ranke, Tocqueville, Kant, Goethe, Nietzsche e Ortega y Gassett e, no caso brasileiro, nas de Varnhagen, Capistrano de Abreu e Silvio Romero.
No âmbito das entidades científicas e culturais, é membro desde 1976 do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, cuja presidência atualmente exerce; de academias ibero-americanas de história (Argentina Uruguai, Paraguai, Colômbia, Venezuela, Portugal e Espanha); da Academia das Ciências de Lisboa, de institutos históricos estaduais; das Academias Carioca e Catarinense de Letras e da Academia Brasileira de Educação.
É membro de conselhos editoriais de periódicos especializados no Brasil e no exterior; do Conselho Técnico da Confederação Nacional do Comércio e do Conselho Consultivo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).
Autor de livros, capítulos de livros, verbetes em obras de referência, conferencias e comunicações em anais de eventos científicos, edição crítica de textos e artigos em periódicos especializados.
Em 9 de março de 2017 foi eleito para a Academia Brasileira de Letras para ocupar a cadeira 37, na vaga de Ferreira Gullar.