Em homenagem aos 60 anos da morte do jornalista e dramaturgo Álvaro Moreyra, que ocupou a Cadeira 21, a ABL promove a mesa-redonda "À Procura do Tempo Esquecido - Memórias - Aporias – Delírios". O evento terá a participação do professor e neto de Álvaro, Mario Moreyra, e do Acadêmico, jornalista e escritor Ruy Castro. A coordenação é do Acadêmico e poeta Carlos Nejar e a entrada é franca. As inscrições podem ser feitas pelo link: https://www.even3.com.br/palestra-sobre-o-academico-alvaro-moreyra-467991/
"No reencontro com as poesias, as crônicas e o teatro de Álvaro Moreyra observamos que ele injeta nos seus textos uma linguagem pitoresca, com humor e, às vezes, surpreendente. Revela uma construção porosa por onde permeia uma deliciosa linguagem em prosa poética”, destacou Mario Moreyra.
Mario afirmou ainda que as ambivalências textuais de Álvaro se entrelaçam e nos levam a um movimento de báscula entre a máscara e a sombra, o real e o grotesco, o sagrado e o profano – todos permanecem enastrados com o sonho e a embriaguez, numa utopia delirante, como veremos na poesia Salomé.
Sobre Mario Moreyra
Mario Moreyra é Bacharel e Licenciado em Letras, pós-graduado em Literatura, com especialização em Literatura Grega, tendo lecionado nas universidades Cândido Mendes, Simonsen e da Cidade. Foi professor do Colégio Militar do RJ e da escola de Magistratura do Rio de Janeiro. Fez a seleção de crônicas e escreveu o prefácio e a bibliografia de melhores crônicas de Álvaro Moreyra, lançado pela Editora Global. Poeta e escritor, é membro do Pen Clube do Brasil.
Sobre Álvaro Moreyra
Álvaro Moreyra foi jornalista, cronista e dramaturgo.
Admirador da arte cênica, fundou no Rio, em 1927, o Teatro de Brinquedo, o primeiro movimento estruturado no país de renovação do teatro. Em 1937, apresentou à Comissão de Teatro, do Ministério da Educação e Cultura, um plano de organização de uma Companhia Dramática Brasileira, que foi aceito. Com ela, Álvaro Moreyra excursionou aos estados de São Paulo e Rio Grande do Sul, e fez temporada de três meses no Teatro Regina, do Rio.
Dedicando-se à crônica, a partir de 1942, teve destacada atuação no rádio brasileiro, pois além de escrever também interpretava ao microfone sua produção. Esteve na Rádio Cruzeiro do Sul, entre 1942 e 1945, passando, a seguir, a trabalhar na Rádio Globo, onde celebrizou-se por sua participação no programa “Conversa em Família”. Depois passou a apresentar o “Bom-dia, Amigos”, uma crônica diária de cinco minutos, que ele transformou num recado de bom-humor, alegria, conselho, poesia e, sobretudo, de humanismo.
Em 1958, recebeu o prêmio do melhor disco de poesia com os “Pregões do Rio de Janeiro”. Era membro da Fundação Graça Aranha, da Sociedade Felipe d’Oliveira, da Academia Carioca de Letras e do Pen Clube do Brasil.
05/08/2024