Oitavo ocupante da Cadeira n.º 34, Evaldo Cabral de Mello foi eleito no dia 23 de outubro de 2014, na sucessão do Acadêmico João Ubaldo Ribeiro, e recebido no dia 27 de março de 2015, pelo Acadêmico Eduardo Portella.
Nasceu no Recife (PE) em 20 de janeiro de 1936, filho de Luiz Antônio Cabral de Mello e de Carmen Carneiro Leão Cabral de Mello. É casado com Maria Luiza Cabral de Mello, tendo dois filhos, João Mauricio Cabral de Mello e Fernando Cabral de Mello.
Passou a infância em Pernambuco, fazendo seus estudos preparatórios em colégios do Recife. Em 1955-1956, permaneceu em Madrid como bolsista do Instituto de Cultura Hispânica, demorando-se posteriormente em Londres. Em 1960, ingressou por concurso no Instituto Rio branco do Ministério das Relações Exteriores (Rio) e completado o curso da instituição foi nomeado terceiro secretário na carreira diplomática. Como funcionário da Divisão das Nações Unidas, participou da delegação do Brasil à Comissão do Espaço Cósmico das Nações Unidas e à Assembleia Geral das Nações em 1963. Foi assessor do Secretário Geral do Itamaraty, embaixador Araújo Castro, e membro do seu gabinete como ministro das relações exteriores (1963-1964). Assessor do ministro do Planejamento, Roberto de Oliveira Campos (1964-1965). Segundo Secretário na Embaixada em Washington (1965-1967), na Missão do Brasil junto às Nações Unidas em New York (1967-1970) e na Delegação do Brasil em Genebra (1970-1972). De retorno ao Brasil, foi assessor do chefe do Departamento de Organismos Internacionais do Itamaraty (1972-1976). De 1976 a 1979, foi conselheiro da Embaixada do Brasil em Madrid; e de 1979 a 1984, ministro-conselheiro da Embaixada do Brasil em Paris. Removido para Lima, ali permaneceu em 1984 a 1986, quando foi nomeado Cônsul Geral do Brasil em Lisboa (1987-1991). Embaixador em Barbados (1991-1992) e Cônsul Geral em Marselha (1992-1995). Neste último ano, aposentou-se na carreira diplomática, fixando-se no Rio de Janeiro.
Prêmios e distinções
Prêmio Joaquim Nabuco de História, da Academia Brasileira de Letras (1976), pelo livro Olinda restaurada. Guerra e açúcar no Nordeste, 1630-1654.
Prêmio José Ermírio de Moraes, da Academia Brasileira de Letras (1996) pelo livro A fronda dos mazombos. Nobres contra mascates. Pernambuco-1666-1715.
Prêmio D. João de Castro, da Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses (Lisboa), pelo mesmo livro, 2000.
Prêmio Jabuti, de Ensaio e Biografia, da Câmara Brasileira do Livro, pelo livro O negócio do Brasil. Portugal, os Países Baixos e o Nordeste, 2000.
Grã-Cruz da Ordem do Rio Branco, 1990.
Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico, 1996.
Grã-Cruz da Ordem Orange-Nassau, 1999.
Troféu cultural da cidade do Recife, 2001.
Atualizado em 27/06/2016.