O filósofo da esperança
Tarcísio Padilha, filósofo e professor vitimado pela covid-19, aos 93 anos de idade, foi, indiscutivelmente, um homem culto. Demostrou isso no convívio desde 1991, na Academia Brasileira de Letras. Tive o privilégio de recepcioná-lo na Casa de Machado de Assis.
A lembrança do pensador francês Louis Lavelle marcou o nosso primeiro encontro. Estávamos no ano de 1955 e ele defendia, no auditório do Instituto Lafayette, a cátedra de História da Filosofia da faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da então Universidade do Distrito Federal, hoje Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Foi um encontro memorável, em que o jovem candidato, então aos 27 anos de idade, ganhou a cátedra de forma brilhante. Tirou dez em todas as provas.