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Artigos

  • O mundo às avessas, a covid-19 e o presidente

    O Estado de S. Paulo, em 18/07/2021

    O impacto da covid-19, que se vem prolongando no tempo, é opressivo. Trouxe uma ruptura da “normalidade do normal”. Vem vitimando contínua e indiscriminadamente e impondo à nossa gente o mastigar do pão da aflição e o sorver o amargor do sofrimento. As necessárias medidas de isolamento afetaram todos os setores das atividades, com graves consequências econômicas e humanas. Impuseram significativos limites ao convívio social. Deram a força do concreto ao esquema do pensar e da expressão do clássico tópos literário do “mundo às avessas”. Este articula com a ruptura da “normalidade do normal” um estado lamentável das coisas, instigando a indignação. São as razões mais abrangentes dessa indignação com a maneira como o governo federal vem conduzindo as políticas públicas de saúde em nosso país o que norteia este artigo.

  • Lições de política no Brasil de Bolsonaro

    O Globo, em 18/07/2021

    O Ministério Público está cobrando da Ancine a contratação dos projetos aprovados, há mais de dois anos, pelo Fundo Setorial do Audiovisual (FSA). A agência tem 120 dias para resolver o problema que ela mesma criou colaborando, através da política de embaraço à produção, com o boicote do governo à cultura do país. Não sei se o presidente, no seu cantinho de hospital, vai tomar conhecimento dessa história. Mas, logo ou depois, vai certamente se aborrecer com o juiz que tenta, no que está a seu alcance, evitar que o Brasil caia numa Idade Média tardia, para onde Bolsonaro nos empurra com entusiasmo.

  • O que poderia ter sido não existe

    O Estado de S. Paulo, em 16/07/2021

    Ao meio-dia, as classes deixavam o Ieba e corríamos para a esquina da Rua Quatro, ponto estratégico para observarmos a saída das alunas do Colégio Progresso. Havia centenas de jovens, mas cada um estava ali por causa de uma. Meu interesse era Alda, sempre junto à irmã Maria Ernestina, ambas Lupo. 

  • O poder civil

    O Globo, em 15/07/2021

    A aventada convocação do ministro da Defesa, general Braga Netto, para depor na CPI da Covid não deveria, mas pode causar mais atrito entre as Forças Armadas e o Senado. Os militares estão muito suscetíveis porque militarizaram o Ministério da Saúde, que está tendo problemas com corrupção. 

  • Só impeachment segura Bolsonaro

    O Globo, em 14/07/2021

    Como sociedade, deveríamos impor um limite a Bolsonaro e esse limite é o impeachment, dentro da lei. Ele não vai mudar. O presidente do STF, ministro Luiz Fux, fez o que lhe cabia, mas isso não vai resolver o problema. Chega um momento em que não é possível aceitar que o presidente da República faça o que ele faz. 

  • Contenção de danos

    O Globo, em 13/07/2021

    No sábado à meia-noite, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, telefonou ao presidente Jair Bolsonaro, preocupado com mais um ataque dele a membros do Supremo. Naquela noite, o STF havia soltado uma nota oficial em defesa do ministro Luís Roberto Barroso, a quem Bolsonaro acusara pela manhã de ser a favor da pedofilia.

  • As causas do desarranjo

    O Globo, em 13/07/2021

    Há divergência quanto às causas do desarranjo verbal que cada vez com maior frequência vem acometendo o presidente Jair Bolsonaro. Há os que o chamam de 'Bolsonero' ejá o veem vestido com camisa de força. Outros acham que os surtos têm lógica, e esses acessos pretendem desviar o foco da CPI da Covid, onde são expostos diariamente os podres de um governo que se elegeu prometendo honestidade. Ele reage recorrendo a seu vocabulário chulo e escatológico, tentando mostrar que não dá a mínima importância à comissão, a cujas sessões um de seus filhos, no entanto, comparece.

  • Eleição e Representação

    O Estado do Maranhão, em 11/07/2021

    Falei, na semana passada, que precisamos de duas reformas urgentes: a do sistema de governo, adotando o parlamentarismo, e a do sistema eleitoral.

  • Ciclo paranóico

    O Globo, em 11/07/2021

    A pandemia que expõe aos olhos do país a inépcia, a falta de empatia e a corrupção nas entranhas do governo do presidente Bolsonaro, especialmente devido à CPI da Covid, foi a mesma que o poupou de manifestações populares mais vigorosas, devido ao receio de sair às ruas em manifestações políticas imprescindíveis  ao desencadeamento de um processo de impeachment.

  • Não era de nosso feitio sofrer

    O Globo, em 11/07/2021

    Segundo o que escreveu Joaquim Ferreira dos Santos, em “Feliz 1958 — O ano que não deveria terminar”, aquele foi o ano que marcou o início de um novo Brasil que, na minha opinião, assumia o que já era desde muito tempo. “Niemeyer levantou as colunas do Alvorada, o Teatro de Arena levantou o pano e Tom Jobim levantou a tampa do piano”, diz a citação que Ricardo Cota faz, na magnífica biografia de Niomar Moniz Sodré, brasileira danada. “Ao fundo, levantando a voz, JK gritava: pra cima com a viga, moçada”. E a gente continuava a levantar o Brasil.

  • Sarney recebe Dirceu

    O Globo, em 10/07/2021

    O ex-presidente José Sarney recebeu em sua casa em Brasília o ex-todo poderoso ministro lulista José Dirceu. Foi na própria terça-feira em que, pela manhã, o presidente Bolsonaro, acompanhado do General Luiz Eduardo Ramos, chefe do Gabinete Civil da presidência, foi visitá-lo.

  • Bolsonaro pode virar apenas um personagem ridículo

    O Globo, em 09/07/2021

    Bolsonaro quer ampliar os limites para ver o que vai acontecer. Está muito preocupado com a queda de popularidade especialmente por causa das revelações de corrupção, incompetência e várias outras irregularidades no ministério da Saúde expostas na CPI.

     

  • Educação doméstica

    O Estado do Maranhão, em 08/07/2021

    A pandemia trouxe terríveis consequências para o alunado brasileiro. Uma delas foi ampliar o desinteresse pela educação. No caso do ensino médio, a geração nem-nem (dos que não estudam nem trabalham) alcançou um número vergonhoso, de muitos milhões de jovens.

  • Briga de quadrilhas

    O Globo, em 08/07/2021

    A nota do Ministério da Defesa e dos comandantes das Forças Armadas criticando o presidente da CPI, senador Omar Aziz, é uma distorção de suas palavras e atinge todo o Senado. Deveriam estar indignados, sim, com os militares que se envolveram em negócios polêmicos na Saúde.

  • Atravessadores dominam ministério

    O Globo, em 07/07/2021

    As revelações da CPI da COVID, como levantamento do sigilo telefônico do cabo da PM mineira Luis Paulo Dominguetti, mostram que o ministério da Saúde e outros órgãos do governo federal estão dominados por grupos de atravessadores de qualquer negócio.