Diga-me com quem andas
O Brasil está fazendo uma escolha, apostando num futuro que nada indica que vá mudar tão cedo, se afastando das principais potências do Ocidente, para se aliar a ditaduras do Oriente Médio, da Rússia e da China.
O Brasil está fazendo uma escolha, apostando num futuro que nada indica que vá mudar tão cedo, se afastando das principais potências do Ocidente, para se aliar a ditaduras do Oriente Médio, da Rússia e da China.
O presidente Lula, que se define como uma “metamorfose ambulante”, certa vez assegurou que a “evolução da espécie humana” é o centro político. Por isso, pessoas com mais de 60 anos tenderiam “ao equilíbrio” porque “idoso esquerdista tem problema”. Mas Lula já disse também que é de esquerda, mas que seu governo não é. Esse malabarismo retórico pode ser a explicação mais simples para a confusão em que o Brasil se meteu nessa questão da Venezuela. Uma cegueira deliberada.
O governo brasileiro coloca em risco sua reputação e liderança regional para apoiar um ditador que não tem a menor importância política.
A presença de Celso Amorim carimba oficialmente o governo Lula como um governo amigo da Venezuela, o que, de saída, transforma as impressões do enviado especial brasileiro em tendenciosas a favor de Maduro, o que não é bom para o Brasil como líder regional respeitado.
Maduro foi especialmente malicioso com seus companheiros de esquerda Lula e Gustavo Petro. Colocou-os ao lado do protótipo do direitista raivoso, Donald Trump
Bolsonaro não conseguiu formar um partido seu. Já passou por mais de dez legendas sem deixar sua marca, embora tenha transformado o PL no maior partido brasileiro.
Fica cada vez mais difícil para o governo brasileiro sustentar que na Venezuela há “democracia até demais”, como já disse Lula. Uma frase como a dita por Maduro elimina qualquer possibilidade de classificá-lo como “um democrata”, ou seu governo como uma “democracia”.
Fatos preocupantes mostram que estamos vivendo não mais numa República, ou quase isso, no limite de um governo disfuncional em que, dependendo do momento, um dos três Poderes se impõe e é acobertado pelos outros dois, o que pode ser indicativo de um regime autoritário à vista.
Não acredito que atentados a Trump e Bolsonaro tenham sido farsas políticas, como setores da esquerda querem fazer crer
O esquema organizado por Ramagem é tão complexo que, quase dois anos depois da eleição de Lula, investigação mostra que até hoje a Abin está infiltrada por bolsonaristas O esquema organizado por Ramagem é tão complexo que, quase dois anos depois da eleição de Lula, investigação mostra que até hoje a Abin está infiltrada por bolsonaristas
O presidente não pode se guiar por pesquisas de opinião, que devem servir apenas de roteiro. Um presidente eficiente tem de fazer o que é necessário, que pode muitas vezes ser impopular. Porque as consequências aparecem, não tem como esconder.
A França escapou de um governo de extrema direita, mas está às voltas com um Parlamento fragmentado, o que torna o cenário político indefinido.
O avanço da direita no Brasil e no mundo deve-se, na visão de muitos, à troca da ação da esquerda no campo social, priorizando atualmente temas identitários aos cuidados do cotidiano do eleitorado.
Os governos petistas alegam que as agências reguladoras retiram dos ministérios e secretarias os poderes de gestão, limitando suas ações.
A maioria conservadora da Suprema Corte americana deu argumentos à visão da direita internacional, especialmente aos bolsonaristas, que identificam na decisão a confirmação de que o ocorrido no Brasil pode não ter sido uma tentativa de golpe, mas uma ação presidencial dentro de suas prerrogativas.