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Artigos

  • Aumento do léxico

    Diário do Comércio (São Paulo), em 16/12/2005

    Os descaminhos da política, como ciência do governo da nação pelo Estado, estão oferecendo para os lexicógrafos material de valor menor, mas sempre valioso, na composição dos dicionários. Até há pouco tempo, antes da crise fenomenal que se abateu sobre o Brasil, poucos brasileiros tinham ouvido falar de valerioduto, mensalão, mensalinho, ética que a maioria não sabe definir, e outras palavras que serão incluídas nos léxicos dos futuros estudantes e escribas em geral.

  • O populismo está vivo

    Diário do Comércio (São Paulo), em 15/12/2005

    Passando os olhos pelas estantes da minha biblioteca, fixei-me por alguns segundos nos 40 volumes escritos e subscritos pelo grafômano revolucionário Lenine e me veio a lembrança que o populismo é a doença inflável da democracia. Ao contrário do que diziam Aristóteles e Santo Tomás, para quem a doença da democracia era a demagogia.

  • Luxo e capitalismo

    Diário do Comércio (São Paulo), em 14/12/2005

    Quem tratou bem do luxo como força propulsora do capitalismo econômico foi o grande historiador alemão Werner Sombart, na sua monumental obra sobre o capitalismo moderno. Quem vai às páginas da história apurar como o historiador demonstrou a influência do luxo no capitalismo, encontra resposta na realidade dessa implicação.

  • Um PIB preparado

    Diário do Comércio (São Paulo), em 13/12/2005

    O ministro Luiz Fernando Furlan declarou à imprensa que o terceiro trimestre do PIB foi preparado. Com a responsabilidade de seu cargo, de sua carreira empresarial e de seu êxito ministerial, o ministro fez a opinião pública saber que no Ministério do Planejamento, responsável pelo cálculo do PIB, também se faz trambiques, para usar uma palavra vulgar, mas de conhecimento generalizado.

  • De novo, Daslu

    Diário do Comércio (São Paulo), em 12/12/2005

    Pode a sigla Daslu ser confundida com a denominação de um templo Hindu ou Sumeriano, mas é a sigla de um templo de luxo plantado em São Paulo de Piratinga por empreendedores que acreditam no poderio econômico e financeiro da elite social e econômica da capital, onde coexistem a opulência dos Jardins e do Morumbi com as favelas que balizam a entrada da orgulhosa e legendária capital.

  • O cinema na Grande Depressão

    Diário do Comércio (São Paulo), em 09/12/2005

    A força do cinema como propaganda foi provada na seqüência na Grande Depressão americana. Ao estudar o presidencialismo americano para um livro que estou escrevendo, e que espero concluir até junho, me fixei nas fontes do sistema dos Estados Unidos, que só deu certo no país de origem e se constituiu num arsenal de crises onde mais foi instituído.

  • A democracia brasileira

    Diário do Comércio (São Paulo), em 08/12/2005

    Destaco um aspecto enaltecedor da democracia brasileira. Evoluímos das atas falsas do PRP, na Primeira República, às máquinas de votar das eleições atuais. Passamos das cédulas eleitorais impressas pelos partidos às cédulas oficiais, e hoje estamos votando com celeridade e apuração no mesmo dia.

  • Sobre os motoboys

    Diário do Comércio (São Paulo), em 07/12/2005

    Havia eu lido, alguns dias atrás, o que um motoboy dissera a um jornalista. Não era bravata, tinha eu convicção, quando ele afirmara que unidos como são os motoboys podem parar São Paulo quando assim decidirem, nos seus interesses.

  • Chávez não ganhou

    Diário do Comércio (São Paulo), em 06/12/2005

    Notícias da Venezuela nos indicam que o presidente Hugo Chávez não sai ganhando nas eleições de domingo, segundo o Instituto de Opinião Pública, que, ao contrário, dá a vitória à oposição.

  • A crença no diabo

    Diário do Comércio (São Paulo), em 05/12/2005

    Citei há pouco tempo nesta coluna a confissão de Werner Sombart ao diabo, em face do que estava ele testemunhando na Europa do seu tempo, nos anos 30, onde as crises se encadeavam em todos os países, suscitando pânico nas populações que viviam tranqüilamente.

  • O mal grandíssimo

    Diário do Comércio (São Paulo), em 02/12/2005

    Citei o axioma de Rui Barbosa várias vezes, mais vou citar mais uma vez, por ser oportuno fazê-lo. Escreveu o grande tribuno: O mal grandíssimo e irremediável das instituições republicanas consiste em deixar exposto à ilimitada concorrência das ambições menos dignas o primeiro lugar do Estado e, desta sorte, o condenar a ser ocupado, em regra, pela mediocridade .

  • Não vale a pena

    Diário do Comércio (São Paulo), em 01/12/2005

    O jornalista José Nêumanne pergunta em seu artigo de ontem no jornal O Estado de S. Paulo se vale uma crise pela cassação de José Dirceu. Respondo: não vale a pena.E nem haverá crise, pois o personagem é um arrivista da política, um militante da esquerda clássica, acorrilhada ao fidelismo cubano. É um conhecido militante de identificação democrática duvidosa.

  • O cenário de Afonso Arinos

    Diário do Comércio (São Paulo), em 30/11/2005

    Está sendo comemorado pelas instituições culturais o centenário de uma alta figura do patriciado cultural do Brasil, Affonso Arinos de Mello Franco. Membro de uma das mais ilustres famílias brasileiras, foi brilhante exponencial em todos os gênios literários que praticou, na memorialística, na biografia, na poesia, na ciência política, na oratória, na ação política; em suma, em todos os setores nos quais se fazia necessária a sua presença, e que receberam de sua parte elegância, talento e extremo bom gosto.

  • Dilma e Palocci

    Diário do Comércio (São Paulo), em 29/11/2005

    A independência que a ministra Dilma Rousseff demonstra ter no exercício de suas funções ministeriais e nas suas opiniões sobre o ministro Palocci e o exercício de suas funções, deve estar apoiada numa força superior que não pode ser outra a não ser a do presidente Lula da Silva.

  • Desequilíbrio entre os poderes

    Diário do Comércio (São Paulo), em 28/11/2005

    A soberania da Justiça é de tal magnitude que não podemos e nem devemos vê-la envolta em questiúnculas de partidos, deputados, senadores e mandatários menores, sob pena de a vermos enfraquecida em detrimento dos interesses nacionais.