Cangaço no Leblon
Começo de tarde ameno, atmosfera quase modorrenta no boteco. Até o pessoal que se posta nas mesas de fora, para melhormente apreciar a graça e o encanto da aplaudida e famosa mulher leblonina — a qual, no dizer inspirado de Dick Primavera, é o sorriso de Deus e o único consolo neste vale de lágrimas — está meio devagar. O desfile parece um pouco fraco, tudo indicando que as moças e senhoras, em vez de ir à praia, preferiram dormir até tarde, para consternação geral. E, no setor de debates sobre a complexa realidade nacional, o ambiente carecia da presença sempre estimulante do comandante Borges, que não apareceu no último domingo, reunido alhures com sua turma da velha guarda, para juntos rememorarem os tempos gloriosos em que desbravavam os ares daqui e d’além-mar, em aviões de todos os tipos e tamanhos. Recordar é viver, devia estar tirando o atrasado e ia faltar novamente.