Estive com Dunga uma vez, e em circunstâncias curiosas. Ambos disputávamos uma partida, não de futebol, mas de basquete, num evento promovido pela Associação Cristã de Moços. Que eu lembre, a atuação dele não foi espetacular - claramente que basquete não em sua praia (nem a minha, por sinal), mas recordo sua cordialidade, seu bom bumor. O que remete a seu apelido, e este, por sua vez nos faz evocar a história dos sete anões. Na versão atribuída aos irmãos Grimm, Branca de Neve foge da rainha malvada e vaidosa e entra na floresta.A partir daí, muitos de nós somos guiados pela versão cinematográfica, o famoso desenho animado de Walt Disney, Seguindo os graciosos animalzinhos da floresta, a moça chega a uma casinha onde tudo é miniatural, mesa, cadeiras, camas. E tudo muito esculhambado, muito sujo. Ajudada pelos bichos, a virtuosa Branca de Neve arruma a casa toda e vai dormir. Ao anoitecer, chegam os donos da casa, os sete anões. Retornam de seu trabalho - e 'leiam a Coincidência - numa mina de diamante, como as muitas que tornaram célebre a África do Sul, onde o Dunga treinador agora está, Na versão de Disney, os anões são inesquecíveis, tanto pela aparência como pelos apelidos (na história original, nem apelidos, nem nomes, existiam). Assim, temos o Soneca, em quem um médico diagnosticaria hipersonia, em resultado da qual está sempre dormindo. Dengoso é sentimental, derrete-se de emoção. Zangado, ao contrário, é um anão de mal com a vida, enquanto Feliz está sempre numa boa. Atchim é um claro portador de rinite alérgica, está sempre espirrando; e o Mestre, fazendo jus ao nome, é o sábio do grupo, o guru dos anões ..