Foi assim o fim do Watergate
Se é verdade que o procurador geral da República Augusto Aras disse que tende a arquivar o inquérito, porque o depoimento do ex-ministro Sergio Moro não acusou Bolsonaro de nenhum crime, é um absurdo.
Se é verdade que o procurador geral da República Augusto Aras disse que tende a arquivar o inquérito, porque o depoimento do ex-ministro Sergio Moro não acusou Bolsonaro de nenhum crime, é um absurdo.
Foi muito oportuna a nota do ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, declarando que as “Forças Armadas estarão sempre ao lado da lei, da ordem, da democracia e da liberdade. Este é o nosso compromisso”. Não foi uma afirmação gratuita.
Pela segunda vez em poucos dias, o ministro da Defesa, General Fernando Azevedo e Silva é obrigado pelas circunstâncias políticas provocadas pelo presidente Jair Bolsonaro a soltar uma nota oficial tentando retirar as Forças Armadas do protagonismo em que o presidente as coloca em manifestações antidemocráticas.
É preciso dar limite ao presidente Bolsonaro, ou ele vai tentar um golpe.
A frase dúbia dita pelo presidente Bolsonaro durante manifestação de domingo tem o propósito de colocar as Forças Armadas ao lado das atitudes ilegais e inconstitucionais que está cometendo.
De grandes líderes populares, só se pode esperar milagres, como fizeram (para ficar só no século XX) Franklin Roosevelt, Winston Churchill ou Charles De Gaulle. Quem não sabe fazer milagres não deve se meter em política.
No dia seguinte ao seu discurso em frente ao Quartel...
O tema é repetitivo e desafiador: o coronavírus. Procuro me afastar dele dia e noite, mas ele nos envolve. O vírus, sem ser visto, está por toda parte, principalmente em nossas almas. Recordo-me de meus pais, cuja memória reteve a “gripe espanhola”.
O poder e a caneta têm uma relação íntima, às vezes libertina. Mas ultimamente ela tem sido explícita.
Quando ouvi o presidente exclamar E daí? diante das mortes provocadas pelo Covid 19 tive, ânsia de vômito. Em seguida pensei: é um monstro. Um homem sem aquilo que minha mãe chamava de misericórdia.
Jair Bolsonaro está cumprindo uma espécie de via-Crucis a que é obrigado todo presidente que enfrenta um processo de impeachment sem que haja, no entanto, condições práticas de transformá-lo em realidade, embora todas as premissas estejam dadas.
O presidente Jair Bolsonaro está dando munição contra ele mesmo...
Ao afirmar que o país chegou muito perto de uma crise institucional...