Manuel vai ao Paraíso
NAS DUAS COLUNAS ANTERIORES, analisei a vida de Manuel, sempre ocupado, achando que trabalhar - seja no que for - dá um sentido à vida e jamais se perguntando qual é este sentido. Mais tarde, Manuel se aposenta. Desfruta um pouco a liberdade de não ter hora para acordar e poder usar seu tempo para fazer o que quiser. Mas logo cai em depressão: sente-se inútil, afastado da sociedade que ajudou a construir, abandonado pelos filhos que cresceram, incapaz de entender o sentido da vida - já que jamais se preocupou em responder à famosa pergunta: “O que estou fazendo aqui?”