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Artigos

  • Entrevista de ministro

    Diario do Comercio (São Paulo), em 14/06/2006

    Boa entrevista concedeu à Veja o ministro Marco Aurélio Mello, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ele repetiu o que já disse em diversas ocasiões. Sua intenção merece aplausos, pois ele quer a purificação – a palavra é dele – dos homens públicos, o que está longe de ser entrevisto pelos leitores, pelos observadores, pelos analistas e pelos próprios políticos. Deve-se reconhecer que houve um grande progresso no cenário eleitoral brasileiro depois das eleições de 1945 até as últimas, para a Presidência da República. Mas, como reconhece o ministro, há muito o que fazer para se aprimorar satisfatoriamente a legislação e a conduta dos candidatos; sem dúvida, todos desejosos de ser eleitos. Citei há dias o saboroso conto de Machado de Assis, A Sereníssima República , a falsa república das aranhas, na qual o paciente Cônego Vargas obteve bons resultados.

  • Repercussão do vandalismo

    Diario do Comercio (São Paulo), em 13/06/2006

    Ainda repercute no Brasil o vandalismo praticado por membros e supostos membros do MLST-Movimento de Libertação dos Sem-Terra no Congresso Nacional, um ato de desrespeito ao Poder constituído e à representação do povo, para o qual foi instituído desde a fundação da Nação livre em 1822. Li que o presidente Lula já dotou o MLST de verbas que foram além de 5 milhões de reais. Apoiar a reforma agrária, como vem sendo praticada pelos governos da República, é plausível, mas apoiar baderneiros como os que foram fotografados e filmados no Congresso é reprovável.

  • Demissão de Palocci

    Diário do Comércio (São Paulo), em 29/03/2006

    O alvoroço que colocou diante de Antonio Palocci uma ciranda de verdades, meias-verdades e inverdades, provocou escândalos que acabou levando o operoso e simpático ministro ao inevitável pedido de demissão. Este episódio me faz lembrar uma antiga charge do temível semanário humorístico inglês Punch , que não sei se ainda existe.

  • Empresas de leilões

    Diário do Comércio (São Paulo), em 28/03/2006

    Têm sido freqüentes em São Paulo e no Rio de Janeiro leilões de objetos de arte e louças de grande categoria. São organizações milionárias que realizam os leilões.

  • A era da comunicação

    Diário do Comércio (São Paulo), em 27/03/2006

    Estava inaugurada a Era da Comunicação, que a exposição internacional do Japão também anunciara. É por isso que o nosso Chacrinha, com sua buzina e sua irreverência, dizia: "Quem não se comunica, se trumbica".

  • Museu do idioma

    Diário do Comércio (São Paulo), em 24/03/2006

    Foi inaugurado segunda-feira última, na reformada Estação da Luz, marco de nosso desenvolvimento em parceria com a Inglaterra, o Museu da Língua Portuguesa, obra louvabilíssima do operoso governador Geraldo Alckmin.

  • Direita e esquerda

    Diário do Comércio (São Paulo), em 23/03/2006

    É sabido que existem na França duas correntes históricas, a dos Anais e da Action Française. Para primeira, a Revolução Francesa já encerrou seu ciclo; para a segunda, ainda não encerrou. Admirador que fui de Charles Mauras e Leon Daudet, concordei com suas teses, que me pareciam e que ainda parecem vivas, não obstante o pensamento em contrário de letrados eruditos na história da França.

  • Maledeto Imbroglio

    Diário do Comércio (São Paulo), em 22/03/2006

    Nas pegadas de Antonio Palocci está sendo jogado agora um caseiro, personagem nova nesse romance policial digno de Sherlock Holmes ou o inteligente, simpático e sagaz Padre Brown. Já escrevi aqui dois ou três artigos sobre Palocci, a quem tenho simpatia embora não o conheça nem de vista. Se nos lembrarmos, a título de suposição, de que Palocci entrou para o círculo dos políticos, que não é pacífico nem avesso a intrigas, nos daremos conta dos seus embaraços e perigos, ainda que o presidente Lula o queira salvar.

  • Esse Okamotto

    Diário do Comércio (São Paulo), em 21/03/2006

    É sabido que os orientais são dotados de paciência invencível e que atrás de cada sorriso pode sempre ter uma recusa inabalável. Sempre os tive como pacientes sem medida, isto para homens e mulheres. São mestres da paciência e com ela enfrentam o mundo. Um dos melhores exemplos japoneses está na educação e no desenvolvimento econômico, com sua ofensiva pelo mercado dos automóveis nos EUA.

  • A morte de Josué

    Diário do Comércio (São Paulo), em 17/03/2006

    A morte de Josué Montello não me surpreendeu, mas muito me comoveu. Depois de minha eleição para ilustre companhia, eu e Josué tornamo-nos muito amigos, falávamos quase que diariamente pelo telefone, sendo a Academia um dos assuntos que ele conhecia. Josué foi um grande acadêmico, tinha a Academia na alma e na sua paixão.

  • Sozinho na guerra

    Diário do Comércio (São Paulo), em 16/03/2006

    A influente revista inglesa The Economist dedicou o editorial de capa a um assunto da maior importância e mostra que o presidente George W. Bush está sozinho na guerra do Iraque. Creio que esta solidão deve muito incomodar o presidente americano, mas a responsabilidade por sua presença no Iraque sem companhia advém da decisão de partir para a guerra aparentemente sem consultar supostos parceiros. Lembremos que a guerra começou de um momento para outro, com um intenso bombardeio em Bagdá, deslocando-se para outras áreas da terra de Saddam Hussein.

  • O fim da pobreza

    Diário do Comércio (São Paulo), em 15/03/2006

    Uma das utopias que têm preocupado estudiosos dos problemas humanos e sociais, a que mais aflora entre os estudiosos, é a do fim da pobreza. Segundo o Evangelho, pobres sempre os teremos . Quer isso dizer que não se deve imaginar o fim da pobreza. Os céticos em várias questões como eu são dessa ala, outros crêem que a economia bem conduzida por governos e líderes, políticas sociais e econômicas, darão fim.

  • Viagem a Londres

    Diário do Comércio (São Paulo), em 14/03/2006

    A surpreendente viagem de Lula a Londres já foi suficientemente comentada, mas entendo que cabe, ainda, um comentário final. Quero crer, conhecendo mais ou menos a Inglaterra e os costumes da realeza, que Sua Graciosa Majestade Elizabeth II não ficou impressionada com o tipo físico e a barba branca do atarracado presidente Lula e sua mulher Marisa.

  • Assentos para o general

    Diário do Comércio (São Paulo), em 13/03/2006

    Esse caso do general Francisco Albuquerque, que levou dois passageiros de um vôo da TAM a desembarcarem, deve ser encerrado. E os dois passageiros que deram lugar ao general e a sua esposa devem ser classificados como pessoas cordiais, que muito animam a lisonja brasileira. Quanto ao general e aos funcionários da Infraero, todos cometeram vários equívocos sobre as reservas em si, as bagagens e finalmente o embarque.