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Biografia

Marcos Almir Madeira nasceu na cidade de Niterói (RJ), em 21 de fevereiro de 1916 e faleceu no Rio de Janeiro (RJ) em 19 de outubro de 2003.

Graduado em Ciências Jurídicas e Sociais em 1939, foi professor de Sociologia e Fundamentos da Educação na Faculdade Fluminense de Filosofia, a partir de 1950, de Direito Constitucional na Faculdade de Direito, a partir de 1952, e da Universidade Federal Fluminense, tornando-se, em 1956, catedrático interino de Teoria Geral do Estado; professor de Sociologia, a partir de 1952, e de Cultura Brasileira Contemporânea, a partir de 1953, na Fundação Getúlio Vargas; professor de Sociologia e Fundamentos Sociológicos, a partir de 1964, na Faculdade de Filosofia da antiga Universidade do Brasil, hoje Universidade Federal do Rio de Janeiro; professor de Sociologia no Instituto de Estudos Políticos e Sociais da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, na Escola do Estado Maior do Exército, a partir de 1953, no Instituto Rio Branco, do Itamarati, entre 1948 e 1950, e na Escola do Estado Maior da Aeronáutica, de 1954 a 1966.

Em funções públicas, ligadas à difusão cultural, dirigiu a Divisão de Divulgação do Estado do Rio de Janeiro, de 1943 a 1946, realizando, sob a forma de inquéritos e estudos de vários tipos, pesquisa sobre aspectos da cultura fluminense. Nesse setor, dirigiu também atividades de teatro especializado infanto-juvenil, em cooperação com entidades escolares, e de teatro popular de amadores. A pintura e a escultura de artistas fluminenses receberam novo alento, a partir do Salão de Petrópolis, em 1943, quando se conjugaram, na mesma mostra, diferentes escolas, tendências e idades. Exerceu, por duas, vezes, a presidência da Associação Brasileira de Educação, de cujo Conselho Diretor participava como membro vitalício. Em 1948, participou da Comissão Brasileira, constituída por proposta da UNESCO, para conceituação de “Civismo no Plano Internacional”. Organizou e dirigiu o periódico Leitura de Todos, órgão da Comissão Brasileira da Unesco, e editado em cooperação com o Ministério da Educação e Cultura, para a campanha de Educação de Adultos, sob a direção técnica do Professor Lourenço Filho.

Integrou, em 1952, a Comissão dos Educadores que empreendeu, na ABE, a pedido do Ministro da Educação, o reexame do Projeto da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, coordenando sugestões que foram em essência acolhidas, notadamente as relativas à competência e organização do Conselho Nacional de Educação. Como delegado do Brasil participou, em 1953, do Congresso Interamericano de Sociologia, que o elegeu Presidente da Comissão de Ensino de Sociologia.

Presidiu ao I Encontro de Educadores em Brasília, em 1962, na qualidade de Presidente da Associação Brasileira de Educação, que organizou o conclave. Em 1971, atendendo a convite oficial, visitou a França e a Alemanha, hospedado pelos respectivos Ministérios das Relações Exteriores, para realizar conferências e manter contatos com autoridades universitárias e do mundo cultural de ambos os países. Visitou também, como convidado oficial, o Japão e Israel.

Dirigiu, no Estado do Rio de Janeiro, a Casa de Oliveira Viana e o Arquivo Público, abrindo para a comunidade ambos os departamentos, em especial para grupos universitários, visando a pesquisas in loco. Foi Presidente do PEN Clube do Brasil, a partir de 1978. Cumpriu dois mandatos como membro do Conselho Federal de Cultura. Em 1982, nomeado pelo Presidente da República, foi Delegado do Ministério da Educação e Cultura, no Estado do Rio de Janeiro.

Membro efetivo do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e seu orador; membro titular da Asociación Latino-Americana de Sociologia; membro da Academia Brasileira de Arte, onde sucedeu a Múcio Leão; membro da Academia Fluminense de Letras; membro do Conselho da Aliança Francesa do Brasil; sócio Honorário do Sindicato dos Escritores do Rio de Janeiro; membro correspondente da Academia Portuguesa da História.

Sexto ocupante da cadeira 19, foi eleito em 19 de agosto de 1993, na sucessão de Américo Jacobina Lacombe, e recebido pelo acadêmico Abgar Renault em 11 de novembro de 1993. Recebeu o acadêmico Dom Lucas Moreira Neves.