Oitavo ocupante da Cadeira nº 23, eleito em 7 de novembro de 2013, na sucessão de Luiz Paulo Horta e recebido em 9 de abril de 2014 pela Acadêmica Nélida Piñon.
Antônio Torres da Cruz, filho de Irineu José da Cruz e de Durvalice Torres da Cruz, nasceu no dia 13 de setembro de 1940, num distrito de Inhambupe chamado Junco (hoje a cidade de Sátiro Dias), no sertão baiano, onde fez o curso primário. Estudou também em Alagoinhas e Salvador, ali ingressando no Jornal da Bahia. como repórter. Em 1961, transferiu-se para o diário Última Hora, de São Paulo. Na capital paulista, veio a trocar o jornalismo pela publicidade, tendo sido redator e diretor de criação em várias agências de São Paulo, Portugal e Rio Janeiro. Estreou na literatura em 1972, com o romance Um cão uivando para a Lua,, considerado pela crítica a revelação do ano. Seu universo romanesco é constituído de cenários rurais, urbanos e da História. É também contista, cronista e autor de uma história para crianças. Sua obra tem tido várias edições no Brasil e traduções em muitos países, da Argentina ao Vietnã. De 1999 a 2005, foi Escritor Visitante da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, onde realizou oficinas literárias, palestras e aulas inaugurais nos campos do Maracanã, São Gonçalo (Faculdade de Formação de Professores) e Duque de Caxias (Faculdade de Educação da Baixada Fluminense).
Pertence também à Academia de Letras da Bahia, na qual ocupa a cadeira 9, sucedendo a João Ubaldo Ribeiro.
Premiações
1987 – Prêmio Pen Clube do Brasil para Balada da Infância Perdida.
1997 – Prêmio hors concours da Uniaão Brasileira de Escritores para O cachorro e o lobo.
Em 1998 recebeu a comenda de Chevalier des Arts et des Lettres, do governo francês, pelas suas obras publicadas na França até então, Essa terra e Um táxi para Viena d’Áustria.
1999 – Selo Altamente Recomendável, da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil, para Meninos, eu conto.
2000 – Prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras, pelo conjunto da obra.
2001 – Prêmio Zaffari & Bourbon, da 9ª. Jornada Literária de Passo Fundo, para Meu querido canibal.
2007 – Prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro, para Pelo fundo da agulha.
2015 – Selo Oficial dos 450 anos do Rio de Janeiro para Meu querido canibal e O nobre sequestrador.
2016 - Grande Prêmio Cidade do Rio de Janeiro - 2016, concedido pela Academia Carioca de Letras.
Atualizado em 13/12/2016.