Essa publicação faz parte da coleção Coedições ABL
Com a palavra criaram-se e destruíram-se mundos, selaram-se destinos, elaboraram-se ideologias, proferiram-se maldições e blasfêmias, expressaram-se ódios, mas também com ela - e só com ela -, em tantos e tão desvairados povos, falou-se de amor, consolaram-se aflições e elevaram-se preces ao seu Deus. Ela tem sido, através do tempo, a mensageira do bem e do mal, da alegria e da dor.
Se, sob certos aspectos, o filólogo é um guardião da fidelidade das obras do passado, um conservador da memória textual de uma nação, sob outros, ele não passa de um hedonista, que, como os sábios do Renascimento, vive a fruir o prazer de desvendar as intenções do autor, de deslindar os sentidos literais e os mais recônditos de sua palavra escrita. (Celso Cunha)