Essa publicação faz parte da coleção Série Essencial
Dizia o historiador Pedro Calmon, em referência a Gustavo Barroso, que “o imenso retrato de sua fé” era o Museu Histórico Nacional. Criador dessa obra à qual consagraria irrestrita devoção, Gustavo Barroso produziu ainda mais de cem títulos como romancista, cronista, contista, ensaísta, e foi autor de livros sobre Folclore,Museologia, História do Brasil e Política. Sua ideias reacionárias como militante do Integralismo, conjugadas ao espírito elegante e conciliatório que revelou como diretor do Museu Histórico Nacional e como membro da Academia Brasileira de Letras, fizeram dele figura contraditória.
Gustavo Adolfo Dodt Luiz Guilherme da Cunha Barroso, “nome impossível de ser dito em um fôlego só” – afirma ele no seu livro de memórias Liceu do Ceará –, nasceu em Fortaleza, Ceará, no dia 29 de dezembro de 1888, na antiga Rua Formosa, hoje Barão do Rio Branco. Órfão de mãe com apenas sete dias de vida, era o caçula de uma família de três irmãos: Valdemar, que morreria aos 13 anos de idade, e Ana, morta aos 30 anos num mosteiro da Holanda, onde professava como monja beneditina.
Não foram, no entanto, essas perdas definitivas que privaram Gustavo Barroso da convivência dos irmãos. Logo depois da morte da mãe, Ana Guilhermina Dodt Barroso, o viúvo, Antônio Felino Barroso, decidiu mandar os dois filhos maiores para a casa dos sogros, que moravam em São Luís do Maranhão. [...] Elvia Bezerra
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