Daniela Birman
O GLOBO (04.06.2004)
O professor, poeta e crítico literário Antonio Carlos Secchin se tornou ontem o acadêmico mais jovem da Academia Brasileira de Letras (ABL). Secchin, de 51 anos, foi eleito com 25 votos para a cadeira de número 19 da Casa, que pertenceu ao advogado e sociólogo Marcos Almir Madeira, falecido em outubro passado. A arqueóloga Maria Beltrão, que concorreu com ele, recebeu 12 votos. Houve ainda um voto em branco. Até então, o imortal mais jovem era o escritor Paulo Coelho.
Professor titular de literatura brasileira da faculdade de letras da UFRJ, Secchin - o primeiro acadêmico nascido na segunda metade do século XX - disse que planeja contribuir para a ABL criar maiores laços com a sociedade:
- A Academia para mim sempre representou um ponto máximo. Felizmente nas últimas gestões ela se fortaleceu muito, financeira e institucionalmente. E quando as pessoas entram com grande disposição de colaborar, como é o meu caso, podemos sonhar em criar um vínculo maior entre a ABL e quem está fora dela.
Para o presidente da Casa, o poeta Ivan Junqueira, a eleição de Secchin é uma vitória da qualidade. Junqueira irá recebê-lo na sua cerimônia de posse, daqui a cerca de dois meses, e disse que Secchin é “um verdadeiro homem de letras” e um grande bibliófilo:
- Toda a parte da ABL que envolve livros vai receber de Secchin uma grande atenção.
06/06/2006 - Atualizada em 05/06/2006