Nova edição da Revista Brasileira fala de Inteligência Artificial

Inteligência Artificial é o tema da mais nova edição da Revista Brasileira. Cientistas, poetas, artistas de todas as artes e da arte de viver respondem ao alarme instalado no debate científico de que a humanidade estaria ameaçada de extinção, vítima de um monstro por ela mesmo criado. Rosiska Darcy de Oliveira mostra no editorial que a familiaridade com o fantasma do fim do mundo que paira sobre catástrofes climáticas e pandemias devastadoras explica talvez a facilidade com que o impensável se instalou no debate científico pelo viés desse tema invasivo, a inteligência artificial. Glauco Arbix, Luiz Alberto de Oliveira, Christian Perrone e Lucia Santaella falam sobre máquinas, ficção, amor, memória, consequências e desacertos humanos na Inteligência Artificial.

A Revista traça também um retrato de Ariano Suassuna, o romancista, o dramaturgo, o artista plástico, o menestrel em artigos de Zuenir Ventura, Mario Helio Gomes, Carlos Newton Junior, Gerson Camarotti e em um recorte de seu discurso de posse na ABL, onde ele diz: “É difícil julgar-me a mim próprio, mas, pelo menos até onde vejo, certas atitudes que tomo em público não são brincadeiras. Pelo contrário. Em algumas ocasiões lanço mão do riso para me defender, porque, como sertanejo, não gosto de ser visto dominado pela emoção.”

O Acadêmico Marco Lucchesi fala de sua chegada à Biblioteca Nacional, “nosso maior tesouro e capital simbólico, nossa mais antiga cada de cultura, oitava cidade dos livros”.

A literatura, nas vozes de Patricia Melo, Alberto Mussa e Marcelo Rubens Paiva; a arquitetura, com um retrato de Lina Bo Bardi escrito por Renato Anelli; o grafismo, com Felipe Taborda; as artes plásticas, com Carlos Senna Figueiredo e a poesia de Antonio Cícero ganharam seus espaços nesta edição, que ainda traz um relato sobre a presença da ABL na última edição da FLUP – Feira Literária das Periferias – em artigos de Cristina Aragão e Julio Ludemir.

Na seção “Achados”, Ignacio de Loyola Brandão lembra Eliane Lage, mito do cinema brasileiro de apenas cinco filmes. Ruy Castro conta sobre Roquete-Pinto e achegada do rádio, enquanto I Israel Beloch escreve sobre o grande escritor austríaco Stefan Zweig.

José Miguel Wisnick, em entrevista A Rosiska Darcy, fala de cultura, de amigos, utopia, Caetano Veloso; “uma vez fui entrevistar Caetano Veloso, durante minha passagem meteórica pelo jornalismo – e a certa altura ele me disse com certo humor: “Está se vendo que você não é muito jornalista, vamos ser amigos”.

Arminio Fraga, Drauzio Varela, Teresa Montero, e muito mais dão a essa nova edição da Revista Brasileira o brilho da nossa ciência, nossas artes, nossas palavras, dos brasileiros.

Boa leitura!