Sob coordenação do Acadêmico e historiador Alberto da Costa e Silva, a Academia Brasileira de Letras convidou para a mesa-redonda "O Mito - Diogo Álvares Caramuru 500 anos", em comemoração a chegada de Diogo Álvares, o Caramuru, há 500 anos, após um naufrágio na Mariquita (1509), hoje Rio Vermelho, Salvador, Bahia. O evento aconteceu no dia 5 de novembro, quinta-feira, às 17h30, na Sala José de Alencar.
A mesa teve como palestrantes Amadeu Rodrigues Torres, português, eminente professor, poeta, escritor e lingüista; Consuelo Pondé de Sena, Presidente do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia, grande conhecedora da língua Tupi e dos acontecimentos primordiais que em 1500 moldaram o Brasil; Francisco Antonio Dória, autor de “Caramuru e Catarina – lendas e narrativas sobre a Torre de Garcia D’Ávila”, físico, filósofo, comunicador e genealogista; e Joel Rufino dos Santos, historiador, professor e doutor da UFRJ e grande escritor brasileiro, com vasto conhecimento de cultura africana.
"O Mito - Diogo Álvares Caramuru 500 anos" procurarou mostrar a importância de Diogo Álvares – O Caramuru, no surgimento da brasilidade e da miscigenação formadora do nosso País, a miscigenação no Brasil Colonial e atual, e como se formou o povo brasileiro desde as origens.
O evento teve entrada franca, transmissão ao vivo pelo Portal da ABL e foram distribuídos certificados de frequência.
Saiba mais
Sobre Caramuru e Paraguassu
Conta a História que, jovem, ao conhecer Paraguassu, nascida provavelmente no ano de sua chegada, Diogo Álvares apaixona-se e leva-a sempre consigo. Em Saint Malo, França, Paraguassu é batizada (1528) com o nome de “Kathérine du Brésil” e se casa com Diogo. Voltam à Vila Velha, primeiro reduto índio-português e Catarina tem visões – uma senhora que pede para buscá-la mais ao sul. Caramuru vai até lá, e encontra na mata a imagem de Nossa Senhora, para quem funda a Ermida da Graça em 1530, a primeira igreja à N. Sra. das Américas, na qual o Padre Manuel da Nóbrega reza a missa de fundação da Cidade de Salvador em 1549, quando da chegada do primeiro Governador-Geral, Tomé de Souza e de Garcia D’Ávila. Atualmente, a Nossa Senhora se encontra no altar da Igreja da Graça, em Salvador.
5/11/2009
03/11/2009 - Atualizada em 03/11/2009