A mais recente edição da Revista Brasileira da Academia Brasileira de Letras dá voz a escritores, artistas, suas línguas e pensamentos para dimensionar a força da palavra. Será lançada dia 5 de agosto às 19h45 na livraria Travessa do Leblon, com uma mesa-redonda reunindo os acadêmicos Joaquim Falcão, Ruy Castro e Rosiska Darcy. Fernando Gabeira completa a mesa, e a jornalista Cristina Aragão será a mediadora. Todos são colaboradores da Revista.
Contra a censura que encolhe pensamentos, a Revista Brasileira traz a força da palavra da poesia de João Cabral e Melo Neto, Antonio Carlos Secchin e Antonio Cicero, a prosa de Machado de Assis e depoimentos sobre a sensibilidade de várias culturas que formaram e continuam dando forma, cada dia uma forma diferente, à sociedade brasileira.
Segundo Rosiska Darcy, editora da Revista, a força da palavra não se extingue. “Há uma ameaça quando a tecnologia usada contra a liberdade reduz e desintegra a palavra e o pensamento. Mas os que lidam com palavras têm também seus instrumentos pacíficos. A imaginação artística e a literatura em todas as suas formas resistem.”
Joaquim Falcão vai esmiuçar os 39 pontos de seu artigo sobre a censura invisível, que ele termina perguntando: “Será que a Constituição é capaz de restituir o livre arbítrio aos cidadãos? A liberdade de fazer suas próprias escolhas? Eleger suas próprias prioridades? Buscar suas próprias informações vitais? Como não sermos pré-moldados?”
Ruy Castro nos conta sobre o assassinato do jornal Correio da Manhã, então o maior jornal do Brasil, por censura e bombas. E Fernando Gabeira, autor de um texto em edição anterior da Revista Brasileira sobre inteligência artificial, analisa as transformações em tempos alucinantes que as mudanças climáticas e a revolução digital estão trazendo. Tudo está em transformação. O grande problema é saber o que acontece agora, quando a mudança ainda é difusa, nem todos os seus traços foram definidos e sua velocidade, comparada a de outros tempos, é alucinante.”
29/07/2024