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Academia Brasileira de Letras realiza Sessão da Saudade em homenagem à Acadêmica Nélida Piñon

 

A Academia Brasileira de Letras realizou no dia 2 de março, às 15h15, a Sessão da Saudade da Acadêmica e escritora Nélida Piñon. A Acadêmica faleceu no dia 17 de dezembro, aos 85 anos, em um hospital em Lisboal. Foi uma das maiores representantes da literatura brasileira, a quinta ocupante da Cadeira 30, eleita em 27 de julho de 1989, na sucessão de Aurélio Buarque de Holanda. Em 1996/1997, tornou-se a primeira mulher a presidir a Academia Brasileira de Letras, no ano do seu Centenário.

Nélida Piñon estreou na literatura com o romance “Guia-mapa de Gabriel Arcanjo,” publicado em 1961, que tem como temas o pecado, o perdão e a relação dos mortais com Deus. No romance “A república dos sonhos”, sobre uma família de imigrantes galegos no Brasil, ela faz reflexões sobre a Galícia, a Espanha e o Brasil. Sua obra já foi traduzida em muitos países, tendo recebido vários prêmios ao longo de mais de 35 anos de atividade literária, a exemplo do Pen Clube de Literatura por sua mais recente obra, “Um Dia Chegarei a Sagres”, de 2020.

Ao fim da sessão, o Presidente da ABL, Acadêmico Merval Pereira, declarou aberta a vaga da Cadeira nº 30. Os interessados em se candidatar à sucessão da Cadeira nº 30 disporão de 15 dias para fazer suas inscrições. Findo esse prazo, o Presidente marcará a eleição para 30 dias depois.

A ACADÊMICA

Formou-se em Jornalismo em 1956 na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Colaborou em vários jornais e revistas literários e foi correspondente no Brasil da revista Mundo Nuevo, de Paris, e editora assistente de Cadernos Brasileiros. Em 1972, lançou um de seus mais aclamados romances, “A casa da paixão”, ganhador do Prêmio Mário de Andrade.

Autora de mais de 20 livros, entre romances, contos, crônicas e infantojuvenis. Entre os prêmios,destacam-se o Internacional Juan Rulfo de Literatura Latino-Americana e do Caribe, em 1995 (pela primeira vez para uma mulher e para um autor de língua portuguesa); o da Bienal Nestlé, categoria romance, pelo conjunto da obra, em 1991; e o da APCA e o de Ficção do Pen Clube, ambos em 1985, pelo romance “A república dos sonhos”.

27/02/2023